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Vencedor do Prêmio Ernani de Almeida Machado 2017 é da Orquestra Jovem do Estado

Contrabaixista ganha bolsa de R$ 100 mil para estudos no exterior

Com apenas 19 anos, Marcus Vinicius de Oliveira Figueiredo da Silva ficou com o primeiro lugar na sexta edição do Prêmio Ernani de Almeida Machado, em anúncio feito ontem (17 de dezembro), na Sala São Paulo. Integrante da Orquestra Jovem do Estado desde 2015, o contrabaixista recebeu uma bolsa de R$ 100 mil para aperfeiçoar os estudos no exterior.

Com o incentivo, o jovem músico pretende cursar a graduação na Hochschule für Musik Hanns Eisler, em Berlim, tida como uma das mais conceituadas escolas de música da Europa. Agora, ele vai se preparar para o rigoroso processo seletivo e a ideia é entrar para a turma do professor finlandês Esko Laine, que há mais de 20 anos toca na Orquestra Filarmônica de Berlim.

Marcus se destaca pelo contato relativamente tardio com a música: iniciou os estudos em 2011, aos 13 anos de idade, quando ingressou no método Jaffé de ensino coletivo de cordas, do polo Osasco, Grande São Paulo. Três anos depois foi aprovado no processo seletivo da EMESP Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura do Estado, gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura, onde passou a ter aulas com alguns dos melhores professores do país e a dedicar-se exclusivamente ao contrabaixo.

Aluno de Sérgio de Oliveira (contrabaixo) na EMESP Tom Jobim, Marcus Vinicius viu crescer seu potencial e as portas se abrirem para novos desafios dentro da instituição que é referência em formação. Há dois anos, ocupa uma das estantes da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, que tem como diretor musical e regente titular o maestro Cláudio Cruz. Ele foi aprovado no processo seletivo da orquestra e desde 2016 é o primeiro contrabaixo do grupo formado por 90 bolsistas.

Neste período, fez diversos concertos com o grupo sob a regência de Cruz e maestros convidados e dividiu o palco com importantes solistas do Brasil e exterior. Também venceu o I Concurso para Jovens Solistas da Orquestra de Cordas EMESP, foi selecionado para o programa Prelúdio, da TV Cultura e conquistou o prêmio revelação do V Concurso Nacional Jovens Solistas da Orquestra Filarmônica de Goiás. O primeiro lugar no Prêmio Ernani de Almeida Machado 2017 vem para coroar esse novo talento da música clássica brasileira.

Além de Marcus Vinicius, outros quatro excelentes músicos integrantes da Orquestra foram contemplados com R$ 22 mil cada. São eles: Guilherme Aparecido Santana, 21 anos (viola), Alexandre Pinatto de Moura, 21 (violino), Jonatas de Oliveira Carmo, 19 (clarinete) e Jamile Costa Destro, 18 (violino). As bolsas devem ser destinadas para estudos ou aquisição de instrumentos.

A seleção foi dividida em duas etapas: na primeira, os candidatos enviaram um vídeo executando uma peça de livre escolha e sem edição. Dessa primeira fase foram selecionados 15 finalistas entre cordas – violinos, viola e contrabaixos, e sopros – clarinete, oboé, trompa e trompete. Na audição final realizada no início de novembro, na sede da escola, uma banca examinadora composta por jornalistas e músicos profissionais avaliou os bolsistas.

Com patrocínio do escritório Machado Meyer Advogados, o Prêmio Ernani de Almeida Machado é voltado exclusivamente aos 90 bolsistas da Orquestra Jovem do Estado e a edição 2017 destinou um total de R$ 188 mil aos cinco melhores músicos. Desde 2012, a iniciativa já distribuiu mais de R$ 850 mil a 30 bolsistas, muitos deles aprovados nas principais universidades de música da Europa, como os conservatórios de Amsterdã (Holanda), Paris (França) e o Mozarteum de Salzburgo (Áustria), instituições que estão entre os melhores centros de formação musical do mundo.

A temporada 2017 da Santa Marcelina Cultura contou com o patrocínio de parceiros que acreditam no poder transformador da música para a formação dos jovens brasileiros, como o Bank Of America Merrill Lynch, Grupo Verzani & Sandrini, Sabesp, Chiesi Farmacêutica, escritório de advocacia Machado Meyer e Bank New York Mellon, todos por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

Fotos: Heloísa Bortz

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