A partir deste mês, as Fábricas de Cultura, iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, passam a integrar a rotina de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa na Fundação CASA. A proposta é oferecer formação artística de qualidade para jovens em situação de vulnerabilidade, promovendo acesso à cultura como ferramenta de transformação social, capacitação e reinserção. Serão pelo menos 32 cursos ao longo de um ano, totalizando 320 vagas e cerca de 980 atendimentos, conduzidos por profissionais das Fábricas de Cultura.
“A iniciativa reforça o compromisso do Governo de SP com o acesso à arte e à educação como caminhos de mudança. O programa Fábricas de Cultura agora também cumpre o papel de abrir novas perspectivas para adolescentes em contextos vulneráveis, apostando no protagonismo criativo como instrumento de reintegração social”, disse a secretária Marília Marton, durante o lançamento do projeto nesta terça-feira (15), na unidade da Fundação CASA, Governador Mário Covas.
As atividades começam ainda este mês com a oferta de 16 cursos, somando 160 vagas. As formações envolvem temas como fotografia, moda e grafite, além de oficinas de capoeira, circo, dança, desenho artístico, rap, poesia e slam. Cada curso terá duas aulas semanais, com duração de uma hora e meia. Nesta primeira etapa, sete centros da Fundação CASA serão contemplados: Gov. Mário Covas, Bela Vista, Ônix, São Paulo, Osasco I, Osasco II e Diadema.
Para Claudia Carletto, presidente da Fundação CASA, a parceria marca um avanço importante na política de socioeducação do Estado: “Mais do que oferecer cursos, essa iniciativa amplia horizontes, estimula talentos e cria possibilidades reais de futuro. É a presença concreta de um Estado que acredita e investe na potência dos nossos jovens.”
Boas experiências
As Fábricas de Cultura, gerenciadas pelas Organizações Sociais Catavento Cultural e Poiesis, já estão presentes na Fundação CASA em outras ações pontuais que vêm trazendo resultados interessantes. Um exemplo concreto do potencial da arte na socioeducação é a experiência vivida em maio de 2025 por dois adolescentes do CASA Guayi, em Guarulhos. Premiados no concurso de redação 'Minha Penny Lane', que teve 179 participantes inspirados na emblemática música dos Beatles, a dupla teve a oportunidade única de gravar sua canção autoral, 'My Street Vilão', vencedora do concurso, em um estúdio profissional das Fábricas de Cultura, demonstrando como a cultura pode abrir novos horizontes para os jovens.