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Exposição: Quando o cinema se desfaz, de Solon Ribeiro no MIS

Reconfigurações de fotogramas do cinema clássico, do acervo do artista cearense Solon Ribeiro, estarão presentes no MIS – Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo -, durante a exposição Quando o cinema se desfaz. Com curadoria de Ricardo Resende (Museu Bispo do Rosário/RJ), a mostra traz um recorte da produção de Solon por meio de Instalações, vídeos e fotografias – incluindo uma área com dezenas de monóculos com fotogramas de seu acervo original. A exposição fica em cartaz de 3 março até 8 de abril e ocupa todo o segundo andar do Museu.

Nos anos de 1990, Solon Ribeiro herdou de seu pai uma coleção de mais de 20 mil fotogramas mostrando, em geral, protagonistas de filmes clássicos de Hollywood. A coleção foi iniciada nos anos 50 por seu avô, Ubaldo Uberaba Solon. Os fotogramas eram cuidadosamente guardados em álbuns feitos especialmente para esse fim, contendo o nome e o ano de cada filme, bem como uma legenda com os nomes dos atores.

Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro
Fotogramas do acervo de Solon Ribeiro

A mostra no MIS é composta do deslocamento desses fotogramas em vídeos e novas imagens fotográficas, demonstrando o desejo do artista de exorcizar essa herança que carrega ao longo de sua vida. Em suas mãos, os fotogramas são reconfigurados, ganhando um novo sentido na forma de instalações e projeções performáticas criando, assim, novos filmes e novos contextos para as cenas originais.

“Trabalhando com um acervo constituído fundamentalmente por fotogramas originários do cinema clássico, eu venho deslocando esses objetos em diversas configurações para desprogramar o dispositivo clássico e ativá-lo para outras possibilidades de fruição, estimulando a atuação imaginativa do espectador”, afirma Solon.

Sobre Solon Ribeiro

Artista visual, fotógrafo, professor e curador, Solon é formado em comunicação e arte pela L’école Superieure des Artes Décoratifs, París-France. É também autor dos livros “Lambe- Lambe Pequena História da Fotografia Popular” e “O Golpe do Corte”. Em 2016, o artista foi contemplado com o projeto O Golpe do Corte, no Rumos Itaú Cultural, em que propunha a preservação, a digitalização, a catalogação e a publicação desse acervo de fotogramas (www.ogolpedocorte.com.br). Como muitos artistas contemporâneos, seu trabalho se volta para a problematização das imagens clichês, tendo em vista o fenômeno contemporâneo (já ecológico) da saturação de imagens.

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