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Concerto celebrou 20 anos da Sala São Paulo e homenageou Mário Covas

Evento reproduziu o dia histórico em que o ex-governador, em seu aniversário de 69 anos, convidou trabalhadores da obra na Estação Júlio Prestes e seus familiares para testemunhar o primeiro show na Sala

No dia em que Mário Covas, ex-governador que transformou o hall da antiga estação Júlio Prestes na premiadíssima Sala São Paulo, completaria 89 anos não poderia faltar música. Não poderia faltar Bolero. A Osesp emocionou a plateia da Sala São Paulo no último domingo de Páscoa. A causa era nobre: celebrar a construção da própria casa e daquele que os presenteou.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo reproduziu o primeiro concerto realizado na Sala, em 1999, com o mesmo maestro, Wagner Polistchuk, e a música clássica favorita de Covas, “Bolero”, de Ravel. Na plateia, o Governador João Doria, o Secretário de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão, o Prefeito Bruno Covas, trabalhadores da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa e seus familiares e secretários e servidores da gestão Mário Covas.

“Não podíamos deixar de relembrar essa data e celebrar essa grande contribuição do Estado de São Paulo para a cultura brasileira que é a Sala São Paulo, hoje considerada uma das melhores salas de concerto do mundo”, ressaltou o Secretário Sérgio Sá Leitão.

“Hoje é um dia de celebração. Celebração dos 20 anos dessa Sala, de um momento de emoção, quando Mário Covas, com lágrimas nos olhos, viu seu sonho e de tantos outros ser materializado. A Sala São Paulo e a Osesp são motivo de orgulho para São Paulo e para o Brasil”, disse o Governador João Doria.

O evento prestou homenagens especiais a Nelson Dupré, arquiteto autor do projeto da Sala São Paulo e responsável pelas obras de restauração da Estação Júlio Prestes, que representou os funcionários da obra realizada em 1999; o maestro Wagner Polistchuk, regente do primeiro concerto da Sala São Paulo, representando os músicos da Osesp; e o vereador Mário Covas Neto, filho do ex-governador Mário Covas, idealizador do primeiro concerto da Osesp oferecido aos funcionários que construíram o espaço.

Na formação da orquestra deste domingo estavam músicos que participaram do concerto em 1999. O trompetista Gilberto Siqueira falou sobre a emoção de participar do evento: “Todos nós nos sentimos realizados por podermos atender toda semana a tantas pessoas que vêm procurar o alimento na música. Eu me sinto parte de um marco realmente importante”.

O violinista Paulo Paschoal destacou a força da cultura: “Fico muito feliz porque estamos conseguindo mostrar que a Cultura no Brasil é duradoura. É incrível depois de tanto tempo podermos fazer uma homenagem a esse grande Governador que foi Mário Covas.”

Jefferson Collacico, contrabaixista da Osesp desde 1994, falou sobre o valor da história: “É importante lembrar desses momentos, sobretudo num momento como agora, em que o Brasil está mudando e não podemos perder a nossa história. Em 1999, tocamos para os operários e a Sala não estava completamente pronta; é interessante pensar que esse dia foi tão marcante que estamos aqui repetindo ele hoje”.

O espetáculo, que incluiu no repertório as obras “II Guarany”, de Carlos Gomes, “Bachianas Brasileiras nº 4”, de Villa-Lobos, “Bolero”, de Ravel, e “Suite Popular Brasileira: Pé de Vento”, de Edu Lobo, foi aplaudido de pé pela plateia que lotou a Sala São Paulo na noite do domingo.

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