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Apresentações e debates dos povos Guarani Mbya, Guarani Nhandewa e Tupi-Guarani compõem o Ciclo de Cultura Tradicional, em Mongaguá

Expressões culturais das aldeias localizadas em Mongaguá (SP) estarão reunidas no último encontro presencial do CCT 2022 

O Ciclo de Cultura Tradicional (CCT), realizado por Oficinas Culturais – programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis, celebra as manifestações culturais indígenas, em Mongaguá, no dia 26 de novembro, sábado, a partir das 16h. O encontro traz apresentações de dança, canto e trabalhos artesanais de aldeias indígenas dos povos Guarani Mbya, Guarani Nhandewa e Tupi-Guarani, localizadas na cidade do litoral sul. O público também poderá assistir a estreia do curta-metragem Nhandereko: canto de proteção, dirigido por Ataíde G Vilharve. 

A programação do Ciclo é gratuita e acessível em Libras. Por Mongaguá, o objetivo é ampliar as reflexões sobre os costumes e resistência dos Guarani nesta e em outras regiões do país. No encontro do dia 26, o projeto conta com a correalização da Prefeitura Municipal de Mongaguá, por meio da Diretoria Municipal de Cultura. 

Ao longo de nove edições, o CCT reúne os públicos com agentes culturais, lideranças, mestres e pesquisadores de diferentes regiões do estado paulista. Assim, colabora com a troca de saberes entre os participantes e na valorização das tradições culturais caipiras, indígenas, afro-brasileiras, caiçaras, migrantes e imigrantes. 

O encerramento do CCT 2022 será veiculado pelo canal de YouTube das Oficinas Culturais no dia 1º de dezembro, a partir das 19h, quando os documentários em curta-metragem – lançados ao longo dos encontros pelo interior e litoral paulista – serão transmitidos junto aos debates com os respectivos diretores. 

Atrações do Ciclo de Cultura Tradicional em Mongaguá:

26/11 – sábado

Local: Praça Fernando Arens – Av. Marina, s/n, Centro

Acessível em Libras

Programação

16h às 20h30

ARTESANATO

Aldeia Aguapeú, Aldeia Cerro Korá, Aldeia Itaoca Tupi e Aldeia Nhanderupo 

Moradores das aldeias Aguapeú, Cerro Korá, Itaoca Tupi e Nhanderupo expressam sua cultura ancestral indígena por meio de uma das bases da economia de suas comunidades: o artesanato.  Esculturas em madeira, cestas, além de adornos e joias feitas de conchas, sementes, penas, miçangas e fios estarão expostas. 

Sobre as aldeias participantes:

Aldeia Aguapeú está localizada em reserva ambiental da Mata Atlântica, em Mongaguá. A comunidade Guarani Mbya de Aguapeú, que concebeu o projeto “Jaguatareí Nhemboé: caminhando e aprendendo”, desenvolve trabalho de Turismo de Base Comunitária, promovendo atividades de visitação e divulgando a importância da terra para a cultura Guarani;

 

Aldeia Cerro Korá mantém as raízes Tupi-Guarani. No local, vivem cerca de 40 pessoas, entre adultos e crianças, preservando a ancestralidade, além de manifestações como as danças do Xondaro, Tangará e o canto Mborai marãe’y. A comunidade produz peças artesanais e a venda contribui para a divulgação da cultura e de seu modo de vida;

 

Aldeia Itaoca Tupi está situada em meio à diversidade da fauna e flora da Mata Atlântica, em Mongaguá. Pertencente à etnia Guarani Nhandewa, a comunidade composta por 25 famílias vende artesanatos tradicionais, plantas e palmitos. Em fase de fortalecimento cultural da sua ancestralidade, utiliza o canto para expressar a valorização de seu povo e agradecer à Nhanderu por toda a natureza, sua casa;

 

Aldeia Nhanderupo é composta por 22 moradores da etnia Guarani. A agricultura (banana e palmito) é a base da economia da comunidade, bem como a venda do artesanato. A cultura e o conhecimento ancestral é mantido por meio da língua guarani, prioritariamente falada entre seus membros. 

16h às 19h | Apresentações

CANTO, DANÇA E CULTURA ANCESTRAL
Aldeia Itaoca Tupi, Aldeia Aguapeú, Aldeia Nhanderupo e Aldeia Cerro Korá 

O grupo Txondario e Txondaria da Aldeia Itaoca Tupi apresenta seu canto em agradecimento a Nhanderu, à natureza e aos visitantes. Na sequência, a Aldeia Aguapeú traz suas músicas tradicionais e a dança do Xondaro. Por meio do Coral Guatapu, a Aldeia Nhanderupo apresenta seus cânticos e destaca a importância da manutenção da tradição e da língua. Para encerrar, a Aldeia Cerro Korá apresenta as danças do Xondaro, Tangará e o canto do grupo Mborai marãe’y. 

19h | Filme

NHANDEREKO: CANTO DE PROTEÇÃO

Direção: Ataíde G Vilharve | BRA | 2022 | Doc | 15 min

Ambientado em aldeias de origem Guarani Mbya (Aguapeú, Cerro Korá e Nhanderupo), localizadas em Mongaguá (SP), o filme retrata o modo de ser indígena em diálogo com a natureza, a importância do território para a sobrevivência da cultura originária e do canto para fortalecimento do nhandereko e sua proteção. Nos conhecimentos ancestrais dos Guarani Mbya, nhandereko significa bem viver, os costumes desse povo. Após a exibição, haverá bate-papo com Trudruá Dorrico e Ataíde G Vilharve (diretor).

Sobre os convidados:

Trudruá Dorrico pertence ao povo Macuxi. Doutora em Teoria da Literatura pela PUCRS, administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal no YouTube “Literatura Indígena Contemporânea”. Também atuou como curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU). Ainda é poeta, escritora, palestrante e pesquisadora de literatura indígena, autora da obra “Eu sou macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019).

 

Ataíde G Vilharve é Vherá Mirim, nome nativo e sagrado para o povo Guarani Mbya. Idealizador e coordenador da Mídia Mbya, canal de comunicadores indígenas do Vale do Ribeira (SP), e pesquisador da PARI-c (Plataforma de Antropologia e Respostas Indígenas à Covid-19). Graduando em Tecnologia da Gestão Pública pela UNINOVE, cursou Gestão de Segurança Pública e Privado pela Faculdade Orígenes Lessa. 

20h | Show

OZ GUARANI

Direto da Terra Indígena Jaraguá, do povo Guarani Mbya, o grupo de rap Oz Guarani, junto ao Coral Mbaraeté, chega a Mongaguá para interpretar canções de resistência e fortalecimento da luta indígena por seus direitos. Seus integrantes, xondaros e xondárias, apresentam rimas e melodias que enaltecem a cultura e a diversidade dos povos originários e expõem suas necessidades.

Oz Guarani foi fundado em 2014, por Karai Djeguaka Xondaro. O grupo interpreta canções de resistência e fortalecimento da luta indígena A partir das rimas, expõe as necessidades de seu povo, relata os problemas diários sofridos em sua comunidade e narra o conflito histórico pela demarcação de terras.

 

Agenda de encerramento do Ciclo de Cultura Tradicional 2022:

Virtual: documentários transmitidos pelo canal de YouTube do programa Oficinas Culturais – clique aqui

01/12 – quinta-feira

Acessível em Libras

Programação

19h | Filme

DO CONGO À CONGADA: DEVOÇÃO A SÃO BENEDITO

Direção: Daniel Aguiar | BRA | 2022 | Doc | 18 min

 

O encontro entre dois grupos de congada da cidade de Franca, interior de São Paulo: Congada Três Colinas e Congada Os Marinheiros de Franca. Norteado pela essência dessa manifestação, com depoimentos e imagens do festejo, o filme aborda a importância da tradição e da cultura popular nos tempos atuais.

 

Após a exibição, haverá bate-papo com Daniel Aguiar (diretor) e Antonio Filogenio de Paula Junior.

 

19h30 | Filme

JONGUEIROS DO AMANHÃ

Direção: Pedro Japa | BRA | 2022 | Doc | 21 min 

Na comunidade do Tamandaré, o Jongo é uma das culturas que dá ritmo ao bairro e traz pessoas de diversas regiões e estados para acompanhar suas festividades. Porém, entre o som do tambu e a fogueira, surge a preocupação de como manter viva essa tradição diante de avanços tecnológicos e desafios geracionais. 

Após a exibição, haverá bate-papo com Pedro Japa (diretor) e Antonio Filogenio de Paula Junior. 

20h | Filme

KARAOKÊ: SOLTE SUA VOZ

Direção: Elica Ito | BRA | 2022 | Doc | 15 min 

Vivendo em um país do outro lado do mundo, imigrantes japoneses adaptaram-se ao Brasil, mas preservaram tradições da terra natal. Na música, os festivais de karaokê constroem essa relação entre o passado e o presente, com artistas amadores entoando canções do Japão. 

Após a exibição, haverá bate-papo com Elica Ito (diretora) e Antonio Filogenio de Paula Junior.

 

20h30 | Filme

SÃO PEDRO, PESCADOR

Direção: J. Valpereiro | BRA | 2022 | Doc | 15 min 

O filme retrata os pescadores do bairro de São Francisco e a comunidade católica de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. Seus cotidianos, contados da perspectiva de um observador, levam a reflexões acerca da construção da fé nas comunidades. 

Após a exibição, haverá bate-papo com J. Valpereiro (diretor) e Antonio Filogenio de Paula Junior. 

21h | Filme

NHANDEREKO: CANTO DE PROTEÇÃO

Direção: Ataíde G Vilharve | BRA | 2022 | Doc | 15 min 

Ambientado em aldeias de origem Guarani Mbya (Aguapeú, Cerro Korá e Nhanderupo), localizadas no município de Mongaguá, Litoral Sul de São Paulo, o filme retrata o modo de ser indígena em diálogo com a natureza, a importância do território para a sobrevivência da cultura originária e do canto para fortalecimento do nhandereko e sua proteção.

Após a exibição, haverá bate-papo com Ataíde G Vilharve (diretor) e Antonio Filogenio de Paula Junior.

A programação do Ciclo também está disponível no site do programa Oficinas Culturais: agenda em Mongaguá e encerramento. 

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