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Memorial da América Latina realiza exposição inédita de Maureen Bisilliat

Mostra pode ser visitada a partir do dia 30 de abril 

 

O Memorial da América Latina, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, inaugura a exposição No escuro, é Permitido Sorrir, de Maureen Bisilliat, com imagens extraídas dos filmes Andanças e Jequitinhonha: a Última Viagem. Os vídeos registram as viagens que a artista e seu companheiro Jacques Bisilliat fizeram por países latino-americanos e pela região do Vale do Jequitinhonha em Minas. A mostra poderá ser visitada a partir de 30 de abril, no espaço Gabo, ao lado do Pavilhão da Criatividade. 

 

Para Darcy Ribeiro, parceiro de Oscar Niemeyer na concepção e realização do Memorial da América Latina, o Pavilhão da Criatividade seria o lugar no qual as culturas dos povos tradicionais seriam representadas, permitindo a seus herdeiros que se reconhecessem nelas. Com essa missão em mente, Maureen Bisilliat e seu companheiro Jacques Bisilliat partiram para suas andanças. 

 

Maureen e Jacques Bisilliat  visitaram  México, Guatemala, Peru e Equador, países das antigas civilizações Maias, Incas e Astecas,  para conhecer e adquirir peças do artesanato regional. A viagem foi feita de carro, caminhão, trem, em lombo de burro, a pé e de avião. Ao longo de dois meses, Maureen e Jacques tiveram contato com culturas vivas e em constante transformação, coletando objetos sagrados e profanos. O objetivo era compor um conjunto de itens representativos de cada país e de regiões do Brasil, que viriam a constituir o acervo do Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro. 

 

Fotos dos artesãos do filme Jequitinhonha: a Última Viagem, também integram a mostra. Na região conhecida pela riqueza de seu artesanato, especialmente as bonecas de barro, a artista entrou em contato com os artesãos do vale, além de trazer peças icônicas da cultura local. 

 

Para Maureen, “a produção do vale, ao invés de ter sucumbido à automaticidade sofrida por lugares mais expostos ao fluxo turístico, surpreende pela vitalidade constantemente renovada de suas criações”. 

 

A mostra também reúne frases de escritores e personalidades relevantes da  história latino-americana. Para a artista, dar destaque à palavra em uma exposição de imagens é fundamental, “especialmente pelo momento que estamos vivendo, de escuridão, incerteza”, conclui a artista.  

 

Reforçar por meio de imagens e textos o valor da cultura e educação é antes de mais nada um compromisso que a artista apresenta em No escuro, é permitido sorrir. 

 

 

Sobre 

 

Maureen Bisilliat 

Chega ao Brasil em 1952. Naturalizada em 1967. Iniciou os estudos em artes plásticas com André Lhote, em Paris (1955), e com Morris Kantor, no Art Students’ League, em Nova York (1957).

Passou a atuar como fotojornalista para as revistas Realidade e 4Rodas. Recebeu a bolsa de pesquisa da John Simon Guggenheim Foundation em 1970. Entre 1981 e 1987, foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP.

Desenvolveu o projeto equivalências-fotográficas a partir dos mundos retratados pelos autores: Euclides da Cunha, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Mário de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Adélia Prado e Jorge de Lima. Na década de 1970 foi diversas vezes ao Xingu, convidada pelos sertanistas Orlando e Cláudio Villas-Bôas. Em coautoria com os Villas-Bôas lançou o livro, XINGU/Território Tribal. Além de um documentário do mesmo título filmado por Lúcio Kodato.  Expôs o trabalho no Museu de História Natural de Nova York em 1983.

Em 1987, com seu marido, Jacques Bisilliat, e o sócio, Antônio Marcos Silva, criaram o Acervo de Arte Popular Latino-Americano, a convite de Darcy Ribeiro, do qual nasceu o Pavilhão da Criatividade do Memorial da América Latina, SP.

Em 2003, o Instituto Moreira Salles adquiriu seu Acervo Fotográfico, publicando, em 2009, o livro FOTOGRAFIAS / Maureen Bisilliat, acompanhado por uma exposição. 

Por 15 anos tem trabalhado com o editor Felipe Lafé, numa busca arqueológica em seu extenso arquivo em diversos suportes. O documentário autobiográfico – EQUIVALÊNCIAS / Aprender Vivendo – é um dos resultados diretos dessa parceria.
 

Serviço 

No escuro, é permitido sorrir
Exposição de Maureen Bisilliat
A partir de 30 de abril
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 17h
Memorial da América Latina
Espaço Gabo – Praça da Sombra  acesso pelos portões 8, 9 e 13
Grátis 

 

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