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No clima da Copa, Museu do Futebol celebra primeiro título do Brasil

"A Primeira Estrela" - Museu do Futebol - Foto: Rogerio Alonso

Na esteira da Campeonato na Rússia, o Museu do Futebol, ligado à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, apresenta a exposição “A Primeira Estrela: o Brasil na Copa de 1958”, que celebra os 60 anos do primeiro título mundial conquistado pela Seleção Brasileira e conecta aquela campanha com o momento atual do futebol e do país.

“É essencial o resgate e a valorização da história da Copa, promovendo um encontro de gerações tanto na exposição quanto entre os visitantes. O Museu do Futebol é muito importante para oferecer ao público a experiência de vivenciar a trajetória da modalidade no Brasil”, diz Romildo Campello, secretário de Cultura do Estado.

Montada no piso térreo do Museu, no estádio do Pacaembu, em um espaço com 220 metros quadrados, a instalação audiovisual e interativa proporcionará um mergulho no clima da Copa de 1958 e das transformações que ela causou. Registros da concentração da seleção em Poços de Caldas (MG) feitos pelo fotojornalista Antonio Lúcio, cenas das partidas e do cotidiano brasileiro e depoimentos de seis campeões mundiais (Pelé, Nilton Santos, Bellini, Joel, Didi e Vavá), décadas depois do ocorrido, dão o tom da narrativa. As entrevistas foram retiradas de material produzido pelos cineastas João Moreira Salles e Arthur Fontes, do final dos anos 1990, e alguns trechos ainda eram inéditos ao público.

“A Primeira Estrela” – Museu do Futebol – Foto: Rogerio Alonso
“A Primeira Estrela” – Museu do Futebol – Foto: Rogerio Alonso
“A Primeira Estrela” – Museu do Futebol – Foto: Rogerio Alonso
“A Primeira Estrela” – Museu do Futebol – Foto: Rogerio Alonso
“A Primeira Estrela” – Museu do Futebol – Foto: Rogerio Alonso

Para trazer a emoção da primeira conquista brasileira em Copas, a partida final de 1958, entre Brasil e Suécia, será exibida em uma instalação audiovisual projetada no antigo túnel de acesso dos jogadores ao gramado do Pacaembu. O filme é uma montagem de vários trechos recolhidos por diferentes TVs europeias que transmitiram o torneio, mixados com trechos de locuções de rádio no Brasil. A montagem foi um trabalho de garimpo feito por Carlos Augusto Marconi, torcedor apaixonado pela seleção brasileira.

“Esse é o papel da tecnologia para as nossas exposições: criar sensações que reverberem na memória afetiva de quem viveu aquele momento e, ao mesmo tempo, encantar quem desconhece nosso passado no futebol”, explica Daniela Alfonsi, diretora de Conteúdo do Museu e co-curadora da mostra.

O visitante verá a Taça Jules Rimet em uma vitrine virtual e poderá interagir com uma cena de 1958, um modo de entrar virtualmente no contexto daquela Copa. Os 22 convocados e membros da comissão técnica serão homenageados e estamparão a fachada do Estádio, que recebe o nome do chefe da delegação daquela seleção: Paulo Machado de Carvalho.

Celebrando a Copa e conectando passado e presente, o museu também fará intervenções na sua exposição principal, tais como a inclusão da seleção de 2018 na Sala Anjos Barrocos, a exibição da camisa histórica de 1958 que foi do jogador Moacir, além de chuteiras que pertenceram a ídolos mais recentes: Daniel Alves, Kaká, Dida, Thiago Silva e Ronaldinho Gaúcho. Haverá também uma sala especialmente preparada para exibição dos jogos do Mundial da Rússia.

“A Copa de 1958 não foi transmitida pela televisão no Brasil. Então, esta exposição é uma chance de as pessoas verem o que o país só ouviu pelo rádio. É uma chance de conectar passado, presente e futuro, tendo como elos a beleza e a emoção que o futebol proporciona”, conclui Eric Klug, diretor-executivo do IDBrasil, organização social responsável pela gestão do Museu.

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