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Em live, Grada Kilomba fala sobre os reflexos da exposição Desobediências Poéticas e as atuais manifestações antirracistas

Artista portuguesa, que tem como foco dos seus trabalhos questões de colonialismo, escravidão e poder, conversa com diretor-geral do Museu Jochen Volz neste sábado (6) no instagram da Pinacoteca

A artista multidisciplinar portuguesa Grada Kilomba participa, neste sábado (6), às 11h, de uma live com o diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, no instagram do Museu (@pinacotecasp). A conversa irá abordar os reflexos da exposição de Kilomba Desobediências poéticas, realizada na Pina em 2019, suas recentes obras e as manifestações antirracistas no Brasil e no Mundo.
Grada Kilomba começou a escrever e publicar sobre memória, trauma, psicanálise, feminismo negro e colonialismo, estendendo posteriormente sua pesquisa à performance, encenação, coreografia e visualização das narrativas pós-coloniais. Em seus trabalhos, questões como “Quem fala? Quem pode falar? Falar sobre o quê? E o que acontece quando falamos?” são permanentes aos abordar os conceitos de conhecimento, poder e violência.
Com o livro Memórias da Plantação (Cobogó) sobre racismo se tornou a autora mais vendida na Flip 2019 (Festival Internaional de Literatura de Paraty). Na exposição Desobediências poéticas, a primeira no Brasil da artista, abordou as estruturas dos sistemas de opressão pós-colonial, questionou a noção de “branquitude” e explorou o colonialismo e a escravidão. O catálogo produzido para a exposição esgotou em poucos dias!
Em uma das instalações, Table of Goods, um monte de terra emergia do chão no centro de uma das salas da Pinacoteca com pequenas mercadorias coloniais como açúcar, café, cacau e chocolate. A obra tratava, como eixo principal, a história Transatlântica da Escravatura e do pós-colonialismo, relembrando séculos de mortes de trabalhadores africanos escravizados em plantações para produzir os bens e os prazeres (the goods) das elites.
.A artista, que nasceu em Lisboa mas com raízes em São Tomé e Principe e Angola, já teve sua obra apresentada nas principais exposições e instituições pelo mundo , incluindo a 32ª Bienal de São Paulo; Documenta 14, em Kassel; 10ª Bienal de Berlim; The Power Plant, em Toronto; Kadist Art Foundation, em Paris; Museu Bozar, em Bruxelas; MAAT, em Lisboa; Wits Theatre, em Joanesburgo, entre outros. Também é autora do livro Plantation Memories (2008) e co-editora de Mythen, Subjekte, Masken (2005), uma antologia interdisciplinar de estudos críticos da branquitude.
Doutora em Filosofia pela Freie Universität Berlin, 2008, desde 2004 tem lecionado em várias universidades internacionais, como a Humboldt Universität Berlin, onde foi Professora Associada no Departamento de Gênero. Desde 2015, vem colaborando com o Maxim Gorki Theatre, em Berlim.
#pinadecasa
Nas redes sociais, a Pinacoteca lançou a campanha #pinadecasa. Desde o dia 18 de março, publica diariamente uma obra da coleção do museu acompanhada de curiosidades, dados históricos e explicações dos nossos curadores. Todo sábado, às 11h, também tem live no instagram (@pinacotecasp). Em junho, os temas serão bate-papos com artistas que apresentaram exposições marcantes na programação da Pinacoteca em 2019. A totalidade de visualizações das lives já supera os 43 mil.
Serviço:
#pinadecasa
LIVE
Sábado (6) às 11h
Instagram da Pinacotca – @pinacotecasp
Grada Kilomba, artista e escritora, conversa com Jochen Volz, diretor geral da Pinacoteca de SP.
Tema: Os reflexos da exposição Desobediências poéticas e as manifestações antirracistas no Brasil e no Mundo.
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