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Casa Guilherme de Almeida recebe doação de livro raro com dedicatória de Oswald de Andrade

Foto: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
Foto: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
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A Casa Guilherme de Almeida recebeu a doação do livro “Oeuvres de Alphonse Daudet”, edição de 1885. O exemplar torna-se único pela dedicatória do modernista Oswald de Andrade ao poeta e tradutor Guilherme de Almeida, que ganhou o livro de Oswald em 1917, como presente de aniversário.

O livro foi doado por Rodrigo Massi, assessor de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo, que o adquiriu em um sebo no centro de São Paulo. “Pela importância simbólica do livro, decidi que doaria para a Casa Guilherme de Almeida, onde deverá ser conservado e pesquisado por estudiosos“, afirma Massi.

Guilherme de Almeida ganhou o livro de presente de Oswald quando completou 27 anos e apresenta dedicatória, “muito íntima e bem-humorada”, como classifica Massi. O livro de Alphonse Daudet, poeta francês, contém três obras: as novelas “Les femmes d’artistes” e “Robert Helmont” e a série de textos “Études & paysages”.

O secretário da Cultura do Estado, José Luiz Penna, esteve presente à Casa Guilherme de Almeida. “Um país sem memória e um povo que não reverencia seus artistas é uma tragédia, por isso a importância desta doação e desta cerimônia”, ressaltou. Penna também lembrou que a Secretaria da Cultura do Estado tem uma comissão que já começou a pensar em eventos que comemorem o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

O diretor da Casa Guilherme de Almeida, Marcelo Tápia, comemorou a doação: “Este livro se perdeu da coleção de Guilherme de Almeida e, com essa doação, ele agora retorna à biblioteca de seu dono original”. Tápia conta que, em 1917, Almeida e Oswald estavam muito próximos – inclusive, no ano anterior, tinham escrito juntos duas peças teatrais, em francês, “Mon coeur balance” e “Leur ame”. A proximidade de ambos está presente na dedicatória do livro de Alphonse Daudet, como no trecho em que Oswald cita “Miss Cyclone”, normalista com quem o modernista teve um relacionamento amoroso. Tápia ainda destaca anotações que constam do exemplar, feitas por Guilherme de Almeida.

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