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Vida e obra de Lima Barreto e de Arthur Bispo do Rosário serão apresentadas em roda de conversa da Fábrica de Cultura Diadema

Barreto e Rosário, escritor e artista plástico respectivamente, abordaram questões sociais em suas obras e tiveram trajetórias semelhantes quando internados em hospícios

A biblioteca da Fábrica de Cultura Diadema, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Poiesis, realiza nesta quinta e sexta-feira, 15 e 16 de agosto, às 15h, roda de conversa voltada a biografia e trabalhos do escritor Lima Barreto (1881-1922) e do artista plástico Arthur Bispo do Rosário(1909-1989) concentrando-se no tema A arte a loucura.

Negros, de origem pobre e internados no hospício Pedro II, no Rio de Janeiro, em épocas diferentes, Lima Barreto e Arthur Bispo do Rosário têm esses pontos em comum, além de mostrarem em algumas obras como esse espaço e preconceitos sofridos influenciaram suas produções artísticas.

Dia 15 de agosto, o público se aproximará da biografia e da produção literária do escritor Lima Barreto, com foco na segunda internação no manicômio e como isso influenciou suas obras. Boa parte das abordagens que ele desenvolveu foi a partir das próprias experiências, como a desigualdade social, a exemplo do livro Clara dos Anjos, e em O cemitério dos vivos relata situações de quando ficou internado no Hospício Nacional.

Lima Barreto é considerado o escritor que começou a abordar o racismo na produção literária brasileira. O problema com alcoolismo e depressão também o levou a internação na Colônia dos Alienados na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Durante a vida não teve trabalho reconhecido, mas após a morte começou a ser foco de pesquisadores. Em 2017 foi homenageado na Festa Literária Internacional de Paraty – Flip.

Nos dia 16 de agosto, os participantes poderão entender como a exclusão direcionada aos marginalizados também era parte dos trabalhos de Arthur Bispo do Rosário. O livro Arthur Bispo do Rosário: o senhor do labirinto, de Luciana Hidalgo, presente no acervo da biblioteca, servirá de base para a roda de conversa, além de vídeos sobre a trajetória do artista plástico. Diagnosticado como “esquizofrênico-paranoico”, ficou internado na Colônia Juliano Moreira por cerca de cinco décadas.

Antes de ser descoberto como escultor e pintor, foi boxeador e empregado doméstico no Rio de Janeiro. Na produção artística, ele utilizava objetos de sucata e do lixo, com obras posteriormente relacionadas ao movimento vanguardista dos anos 1960. Um dos trabalhos que marcou sua carreira foi o Manto da Apresentação que ele vestiria em seu juízo final.

Para participar basta chegar no horário de cada atividade, às 15h.

SERVIÇO:

Roda de conversa – A arte e a loucura

Vida e obra de Lima Barreto

15 de agosto, quinta-feira, às 15h

Classificação indicativa: 14 anos

Vida e obra de Arthur Bispo do Rosário

16 de agosto, sexta-feira, às 15h

Classificação indicativa: 12 anos

20 vagas em cada roda de conversa

Fábrica de Cultura Diadema

Rua Vereador Gustavo Sonnewend Netto, 135 – Centro – Diadema/SP

Telefone: (11) 4061-3180

Funcionamento da unidade: de terça a sexta-feira, das 9h às 20h, e finais de semana e feriados, das 12h às 17h.

Site:www.fabricasdecultura.org.br

SOBRE AS FÁBRICAS DE CULTURA

As Fábricas de Cultura são espaços de acesso gratuito que disponibilizam diversas atividades artísticas. Criadas com o objetivo de ampliar o conhecimento cultural por meio da interação com a comunidade, as Fábricas oferecem uma programação cultural diversificada. Nas unidades você encontrará cursos, atividades, bibliotecas e estúdios de gravação. Em 2019, as Fábricas de Cultura são patrocinadas, por meio da lei de Incentivo à Cultura, pelo instituto Center Norte (região Norte) e Fundação Via Varejo (região Norte e Sul).

SOBRE A POIESIS

A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

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