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Tupã recebe Ciclo de Estudos sobre Cultura Indígena

Indigenistas, pesquisadores e lideranças das etnias Kaingang, Krenak, Terena e Guarani Nhandewa transformam a cidade de Tupã em espaço de reflexão sobre a trajetória de resistência de povos indígenas no Ciclo de Estudos sobre Cultura Tradicional e Contemporaneidade. A programação integra as atividades das Oficinas Culturais e acontece dia 21 de abril, sábado, a partir das 10h00, na região central da cidade. As atividades são gratuitas e as inscrições podem ser feitas online.

Kunumi MC foto Reinaldo Canato

Reunindo mesas de debate e um show, a programação inicia com a conversa Terra e Ancestralidade, na qual os participantes discutem a importância da terra e do território para resgate da ancestralidade e o sentimento de pertencimento. Como é possível deixar de olhar para a diversidade de uma população constituída por mais de 300 etnias? Esse é o tema discutido em Vozes Plurais: desconstruindo o olhar de coisificação sobre povos indígenas do Brasil. A programação finaliza às 19h30 com show do Kunumí MC, rapper guarani da Aldeia Krukutu que gravou recentemente com Criolo, conhecido nacionalmente no cenário do rap brasileiro.

Programação do evento:

10h00 às 12h00 | Terra e Ancestralidade

Com Chicão Terena, Irineu N’jea, Marcio Oliveira de Castro Coelho e Susilene Elias de Melo. Mediação de Marília Xavier Cury.

Nesta mesa de debate, os participantes discutem a importância da terra e do território, que permite resgatar a ancestralidade, bem como desenvolver um sentimento de pertencimento, tanto físico quanto afetivo. Uma conversa sobre identidade.

14h00 às 16h00 | Vozes Plurais: desconstruindo o olhar de coisificação sobre povos indígenas do Brasil

Com Irineu N’jea, Marcio Oliveira de Castro Coelho e Renan Torres. Mediação de Marília Xavier Cury.

No bate-papo, os participantes discutem a diversidade de uma população que é constituída por mais de 300 etnias e fala ao menos 274 línguas, mas é quase sempre retratada como um único povo. A conversa busca explorar a diversidade sociocultural e a pluralidade de vozes indígenas.

16h30 às 19h00 | Sujeito histórico, sujeito presente

Com Anildo Lulu Avaro Cadil, Cândido Mariano Elias, Claudinei de Lima, Dirce Jorge Lipu Pereira, Gerolino José Cezar, Irineu N’jea, Lidiane Damaceno e Ronaldo Iaiati. Mediação de Marília Xavier Cury.

Espaço de troca de saberes no qual caciques, pajés e lideranças apresentam suas visões sobre ancestralidade, mundo moderno, relações sociais, demarcação de território e respeito à cultura indígena.

19h30 | Show: Kunumí MC

O rapper guarani Kunumí MC é da Aldeia Krukutu, situada à região de Parelheiros, na zona sul de São Paulo. Seu primeiro álbum, My Blood Is Red, lançado em 2017, fala sobre o cotidiano e a luta dos povos indígenas em faixas como O Kunumi Chegou, Nunca Desistir e Tentando Demarcar. Recentemente, gravou com Criolo a música Terra, Ar, Mar, ainda sem previsão de lançamento.

Palestrantes

Anildo Lulu Avaro Cadil, indígena da etnia Guarani, cacique da Aldeia Tereguá, situada à Terra Indígena Araribá, é Vice-Presidente do CEPISP – Conselho Estadual dos Povos Indígenas.

Cândido Mariano Elias, da etnia Terena, é pajé da Terra Indígena Icatu, na região de Braúna (SP).

Chicão Terena, indígena da Aldeia Kopenoty, situada à Terra Indígena Araribá, na região de Avaí (SP), é o primeiro cacique formado em Geografia no Estado de São Paulo, pela Universidade do Sagrado Coração (USC).

Claudinei de Lima, da etnia Guarani, é liderança da Aldeia Nimuendaju, situada à Terra Indígena Araribá, na região de Avaí (SP).

Dirce Jorge Lipu Pereira, indígena da etnia Kaingang, é liderança na Terra Indígena Vanuíre, na região de Arco-Íris (SP).

Gerolino José Cezar, da etnia Terena, é liderança da Aldeia Ekeruá, situada à Terra Indígena Araribá, na região de Avaí (SP).

Irineu N’jea, indígena da etnia Terena, é professor de História e especialista em Antropologia Cultural, além de Presidente da ARACI (Associação Renascer em Apoio à Cultura Indígena), e representante paulista da Comissão Nacional Escolar Indígena – CNEEI/MEC.

Lidiane Damaceno, indígena da etnia Krenak, é liderança na Terra Indígena Vanuíre, na região de Arco-Íris (SP).

Marcio Oliveira de Castro Coelho é mestre e doutorando em Antropologia Social pela UFSCar. Atuante na área de etnologia indígena e etnologia urbana, entre 1985 e 1995 trabalhou como Chefe de Posto Indígena e Administrador Regional na FUNAI – Fundação Nacional do Índio.

Marília Xavier Cury é pesquisadora em Museologia no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. No que se refere aos direitos indígenas no museu, realiza ações colaborativas com indígenas das etnias Kaingang, Terena, Guarani Nhandewa e Krenak, do centro-oeste de São Paulo.

Olívio Jekupé, da Aldeia Krukutu, é indígena da etnia Guarani e graduado em Filosofia na USP. Entre literatura infantil, poesia e contos indígenas, possui 16 livros publicados, incluindo traduções na Itália.

Renan Torres, graduado em Ciências Sociais, é pesquisador na Officina de Estudos do Patrimônio Cultural da UENF-RJ, onde desenvolve estudos históricos relacionados à ocupação indígena na região do baixo Paraíba do Sul. No Facebook, criou e administra a página “Povos Indígenas do Brasil”.

Ronaldo Iaiati, da etnia Terena, é cacique da Terra Indígena Icatu, na região de Braúna (SP).
Susilene Elias de Melo, indígena da etnia Kaingang, é líder na Terra Indígena Vanuíre, na região de Arco-Íris (SP).

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