HomeAssessoria ReleasesTemporada de Assinaturas 2019 – São Paulo Companhia de Dança

Temporada de Assinaturas 2019 – São Paulo Companhia de Dança

Criada pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança, corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, já está com a sua temporada de assinaturas 2019 aberta, titulada Sem Fronteiras. Serão apresentados quatro programas ao longo do ano com seis estreias e uma pré-estreia, totalizando onze coreografias de nomes nacionais e internacionais que serão exibidas no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. As vendas seguem até o dia 30 de abril.

“Esta temporada tem como mote passos de dança sem fronteiras que dialogam com o tempo presente, turbulento e vivo, acelerado e intenso, de questionamentos, encontros e desencontros, e coloca em cena obras de grandes nomes da dança do Brasil e do mundo”, explica Inês Bogéa, diretora artística da companhia.

O primeiro programa, de 06 a 09 de junho, terá a estreia de Cassi Abranches e a pré-estreia do canadense Édouard Lock, uma coprodução com Festival Movimentos em Wolfsburg, na Alemanha.  Ainda no mesmo mês, entre 13 e 16 de junho, é a vez de outras estreias: A Morte do Cisne, de Lars Van Cauwnbergh, inspirado em Michel Fokine, além do Balé Pulcinella, de Giovanni Di Palma, que será apresentado pela primeira vez no Teatro Sérgio Cardoso, ao lado da obra Suíte para Dois Pianos, de Uwe Scholz.

As novidades não param por ai e entre os dias 31 de outubro a 03 de novembro, a companhia exibe outras três produções. A nova obra nomeada provisoriamente de Vai, do coreógrafo americano Shamel Pitts busca trabalhar com os inúmeros significados que esta palavra pode transmitir, ao passo que a estreia de Odisseia, de Joelle Bouvier, que também é uma novidade na temporada, é uma viagem para um reencontro consigo mesmo. Nesta mesma semana também será apresentada Ngali… de Jomar Mesquita.

De 07 a 10 de novembro, um trabalho do espanhol Goyo Montero encerra a temporada deste ano, acompanhado de Supernova, de Marco Goecke e, Melhor Único Dia de Henrique Rodovalho, eleito como um dos melhores espetáculos de 2018 pelo Guia da Folha e contemplado também como melhor estreia pelo prêmio APCA.

Os interessados em adquirir as assinaturas da temporada 2019 da São Paulo Companhia de Dança podem realizar a compra até o dia 30 de abril. Dentre os benefícios estão a possibilidade de obter os ingressos com desconto, escolher antecipadamente o lugar onde deseja se sentar no teatro, ter direito à visitas na sede da SPCD (mediante agendamento prévio) para assistir de antemão aos ensaios da companhia, além de outras vantagens.

Os valores para as novas assinaturas são de R$ 220,00 (plateia central), R$ 176,00 (plateia lateral) e R$ 132,00 (balcão). As compras podem ser realizadas por meio do site da companhia ou pelo telefone (11) 3224-1383.

Outras atividades da São Paulo Companhia de Dança

Além da temporada de assinaturas deste ano, a São Paulo Companhia de Dança participa, em parceria com o Espaço Cultural Porto Seguro, da exposição “Meteorológica”, da dupla Angela Detanico e Rafael Lain, com curadoria de Rodrigo Villela. Em determinados dias e horários, é possível assistir à interação dos bailarinos Paula Alves e Matheus Queiroz com a obra “Quadrado Branco” – uma animação em vídeo inspirada em três poemas de Kitasono Katuê. A concepção coreográfica é de Ricardo Gali (www.espacoculturalportoseguro.com.br).

Ainda neste trimestre, a companhia também se apresenta nos dias 22 e 23 de fevereiro, no Centro Cultural Raul Cortez, em Mongaguá/SP. 13 e 14 de março é a vez do Teatro Municipal Serafim Gonzales, na Praia Grande/SP.

Para mais informações, acesse: spcd.com.br

Sinopse das obras:

06 a 09 de junho

Estreia de Cassi Abranches (2019)

Iluminação: Gabriel Pederneiras

Coreografia: Cassi Abranches

Figurino: Janaina Castro

A obra buscará a energia solar e luminosa que permeia a nossa terra. Com movimentos ligados à dança contemporânea, dialogando com o jazz, a dança popular e o hip hop, Cassi constrói uma linguagem própria que revela uma identidade brasileira forte e dinâmica.

Estreia de Édouard Lock (2019)

Uma produção da São Paulo Companhia de Dança encomendada pela Movimentos Festwochen der Autostadt em Wolfsburg, Alemanha

Coreografia: Édouard Lock

Trilha Sonora: Gavin Lock

Figurino: a definir

“Eu proponho um terreno musical composto de árias de ópera icônicas da Era Romântica, desconstruídos em tons progressivamente mais escuros, devastados e tornados subterrâneos, des- pidos de sua doçura. Cada ária será interligada à outra pelas valsas racionais e luminosas de Strauss, desconstruídas numa forma mais próxima da intenção dos originais, de modo a oferecer um contraste à espiral descendente das árias.

A produção será iluminada com a cor pastosa transitando ao longo do tempo para Film Noir, enquanto a música e a dança transitam para uma escuridão urbana. O momento entre o crepúsculo e a noite. Entre memória e história”.

13 a 16 de junho

Estreia de A Morte do Cisne (2019)

Coreografia: Lars Van Cauwnbergh inspirado na obra de Michel Fokine (1880-1942)

Músicas: Camile Saint Saens, O cisne, extrato do Carnaval dos Animais (1866)

Figurino: a definir

O balé criado em 1907 por Fokine para Pavlova é um solo emocionante, que dialoga com as sonoridades da harpa e do violoncelo, inspirado no poema de Alfred Tennyson (1809- 1892) e nos movimentos dos cisnes em seus últimos instantes de vida. Esse solo é interpretado por grandes nomes da dança e agora ganhará novos acentos e dinâmicas no corpo de uma bailarina da São Paulo Companhia de Dança.

Estreia de Balé Pulcinella na temporada do TSC (2017)

Coreografia: Giovanni Di Palma

Direção cênica e concepção de cenário: William Pereira

Música: Pulcinella de Igor Stravinsky (1882-1971)

Figurino: Fábio Namatame

Iluminação: Mirella Brandi

Estreia mundial: 1920 – Estreia pela SPCD: 2017, São Paulo

Parceria: Organização Social de Cultura Santa Marcelina

O balé Pulcinella é baseado na história de Os Quatro Pulcinellas, manuscrito de comédias do folclore napolitano. A obra estreou com o Ballets Russes de Diaghilev em Paris, em maio de 1920, com música composta por Igor Stravinsky, inspirada em composições de Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) e outros compositores do século 18. A coreografia neoclássica de Giovanni Di Palma usa sapatilhas de ponta em diálogo com movimentos contemporâneos para contar a história do aventureiro Pulcinella, famoso personagem da Commedia Dell’Arte.

Suíte para Dois Pianos (1987)

Coreografia: Uwe Scholz (1958-2004)

Remontagem: Giovanni Di Palma

Músicas: Suíte para Dois Pianos Opus 17 de Sergei Rachmaninoff (1873-1943), interpretada por Martha Argerich e Nelson Freire

Estreia mundial: 1987 – Estreia pela SPCD: 2016, São Paulo

Em Suíte para Dois Pianos, o coreógrafo alemão Uwe Scholz criou movimentos inspirados nas reflexões do artista plástico Wassily Kandinsky e na música do russo Sergei Rachmaninoff. Quatro obras de Kandinsky são projetadas ao fundo da cena, ampliando a relação entre as diferentes artes. Uwe foi um coreógrafo que espelhou na dança a estrutura, as dinâmicas e as intensões  da música.

31 de outubro a 03 de novembro

Estreia de Vai (2019 – título provisório)

Coreografia: Shamel Pitts

Assistente de coreografia: Mirelle Martins

Iluminação, trilha sonora e figurino: a definir

Com o título provisório Vai, a coreografia de Shamel Pitts busca trabalhar com os múltiplos significados que esta palavra pode transmitir; a expressão do futuro ou acontecimentos inevitáveis. É uma declaração, um nome. Nesta obra, o coreógrafo pesquisará as diversas identidades que constroem nossa sociedade, em termos de movimentos e linguagens. O título da criação instiga a percepção de associações, com o intuito de dar espaço para novas possibilidades.

Ngali… (2016)

Coreografia: Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro

Música: Por Toda a Minha Vida, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes cantada por Cibelle; Melancolia e Uma Canção para Você (Jaqueta Amarela), de Assucena, executada por As Bahias e a Cozinha Mineira; Segunda Chance, composta e executada por Johnny Hooker; Volta, de Lupicínio Rodrigues e cantada por Adriana Calcanhoto; O Desejo Do Desejo Do Desejo, de Celso Sim e Pepe Mata Machado; Vai Saber, de Adriana Calcanhoto e cantada por Marisa Monte

Figurino: Fernanda Yamamoto

Iluminação: Joyce Drummond

Estreia mundial: 2016, São Paulo

Segunda criação de Jomar Mesquita para a SPCD, a obra tem como referência a peça teatral La Ronde, de Arthur Schnitzler. Escrita em 1897, a obra retrata diferentes relações amorosas que incluem um terceiro e traz elementos da dança a dois para retratar as diferentes formas de amar. Ngali é uma palavra de origem aborígine da Austrália Ocidental, cujo significado, sem correspondente em outro idioma, é: “nós dois, incluindo você”. Em oposição a outro pronome da mesma língua – Ngaliju – que quer dizer: “nós dois, excluindo você”.

Estreia de Odisseia na temporada TSC (2018)

Coreografia: Joelle Bouvier

Música: trechos de Bachianas Brasileiras de Villa Lobos, Paixão Segundo São Mateus de Johann Sebastian Bach e Melodia Sentimental, letra de Dora Vasconcellos e Prátia Minha com poesia de Vinícius de Moraes, cantada por Maria Bethânia.

Figurino: Fábio Namatame

Iluminação: Renaud Lagier

Assistente de coreografia: Emilio Urbina e Rafael Pardillo

Estreia mundial: 2018, São Paulo

Odisseia é uma viagem, um reencontro consigo mesmo. Movida pela questão dos imigrantes da atualidade, a coreógrafa constrói uma estrutura dramática e poética que aborda temas como mudança, transição, partida e a esperança de uma vida melhor. Com música de Heitor Villa Lobos, Bouvier explica que procurou misturar fragmentos das Bachianas Brasileiras com a composição de Bach, Paixão Segundo São Mateus. Ao final temos na voz de Maria Bethânia, Melodia Sentimental e Pátria Minha. A obra tem coprodução do Théâtre National de Chaillot e fará parte da Turnê Internacional da SPCD em 2019.

 

De 07 a 10 de novembro

Estreia de Goyo Montero (2019)

Coreografia: Goyo Montero

Música: composição original de Owen Belton

Iluminação e figurinos: a definir

A obra de Goyo Montero utilizará a linguagem contemporânea de maneira fluida, sem compartimentos. Um olhar atual para a contemporaneidade na qual a construção narrativa da obra será ágil e próxima à edição cinematográfica, com cortes e encadeamento das cenas.

Melhor Único Dia (2018)

Coreografia e iluminação: Henrique Rodovalho

Música: criação original de Pupillo com voz de Céu

Figurinos: Cássio Brasil

Estreia pela SPCD: 2018, Santos

Rodovalho comenta que neste trabalho experimenta movimentos expandidos e continuados a partir da relação dos bailarinos, que permanecem todo o tempo em cena. “As referências sobre esta característica vieram de grandes grupos de animais em movimento e como se desenvolvem e se relacionam”, diz o coreógrafo. A obra trata sobre ‘o que tem de acontecer’, neste breve espaço de tempo de existência deste grande grupo, relacionando principalmente a algum tipo de prazer. Por isso, o nome Melhor Único Dia. “Para tentar traduzir, de alguma forma, a curta existência que se expressa através do movimento em grupo”, completa Rodovalho.

Supernova (2009)

Coreografia e figurinos: Marco Goecke

Músicas: Pierre Louis Garcia-Leccia (Ohimé-faixa Aka), Antony & The Johnsons (Another Word – faixa Shake That Devil)

Remontagem: Giovanni Di Palma

Execução de figurino: Madalena Machado (Arte & Cia)

Iluminação: Udo Haberland

Dramaturgia: Nadja Kadel

Execução de objetos cênicos: Fábio Brando (FCR Produções Artísticas)

Estreia mundial: 2009 – Estreia SPCD: 2011, São Paulo

Inspirado pelo fenômeno astronômico das supernovas – estrelas que explodem e brilham no espaço, Marco Goecke criou Supernova, uma coreografia de contrastes na qual morte e vida, escuro e claro, estão ligados pela energia de cada corpo. Os bailarinos aparecem e desaparecem do palco misteriosamente e a movimentação é marcada por sequências muito rápidas, precisas e controladas que fazem os corpos vibrarem. Para Goecke, cada movimento pode acontecer somente uma vez. “Você pode fazê-lo cada vez mais rápido, então dificilmente ele vai existir no final”. A São Paulo Companhia de Dança foi a primeira companhia no Brasil a dançar uma obra de Marco Goecke.

 

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA

Direção Artística | Inês Bogéa

Criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, gerido pela Associação Pró-Dança e dirigido por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 660 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por mais 136 cidades, em mais de 860 apresentações. Desde sua criação, a Companhia já acumulou 21 prêmios, nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Formação de Plateia e Registro e Memória da Dança.


INÊS BOGÉA – Direção Artística | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora e professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP). De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria da Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.

Compartilhe!