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Na Pinacoteca, mostra que investiga a importância da representação do artista e seu trabalho na arte brasileira

Conjunto de 120 obras, produzidas entre o século 19 e início do século 20, de 35 diferentes artistas, traz imagens de ateliê, retratos e autorretratos

Abertura: 8 de dezembro de 2018, sábado, às 11h

Em cartaz: até 25 de fevereiro de 2019

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta, de 8 de dezembro de 2018 até 25 de fevereiro de 2019, a exposição Trabalho de artista: imagem e autoimagem (1826-1929), que ocupa quatro salas do 1º andar da Pina Luz. Com concepção curatorial de Fernanda Pitta, da Pinacoteca de São Paulo, e co-curadoria de Ana Cavalcanti (UFRJ) e Laura Abreu (MNBA), a exposição apresenta um conjunto de cerca de 120 obras – pinturas, esculturas, gravuras e desenhos. São 36 autores, mulheres e homens, que representaram seu trabalho e suas figuras  de artista, entre o século 19 e início do século 20, período em que se constitui o sistema artístico moderno no Brasil.

A exposição, patrocinada pelo Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, foi organizada em torno de quatro eixos: Criação e ofício, O ateliê como motivo, A persona do artista (retratos e autorretratos) e O artista e a modelo. O conjunto traz obras que, mais do que o simples exercício da representação de retratos e autorretratos ou de cenas pitorescas de ateliê, representam o esforço de gerações de artistas para apresentar ao público sua imagem e seu trabalho, sua persona e seu universo de criação, legitimando sua presença na cultura  brasileira. Obras como Longe do lar (1884), de Benedito Calixto e O importuno (1898), de Almeida Júnior, ambas pertencentes à coleção da Pinacoteca, são testemunho da autoconsciência dos artistas em construir uma imagem pública de si e de seu ofício.

Integram também  obras provenientes de 25 coleções privadas e públicas, incluindo o Museu D. João VI (Rio de Janeiro), Museu de Arte de Belém e o Museu de Arte de São Paulo. Além delas, a mostra apresenta ainda fotografias de ateliês, revistas ilustradas com reportagens sobre a vida de pintores e escultores brasileiros, álbuns de artistas, e os primeiros livros dedicados à história da arte e dos artistas no Brasil, como Belas Artes: estudos e apreciações, de Felix Ferreira (1885), A Arte Brasileira: pintura e escultura, (1888) de Gonzaga Duque, e a primeira edição da biografia de Antonio Parreiras, História de um pintor contadas por ele mesmo, (1881-1926), de 1926.

O conjunto propõe demonstrar que a estratégia, usada pelos artistas da época, de construir uma imagem de si mesmos e de seu trabalho significava elevar seu próprio status na sociedade brasileira, tradicionalmente marcada pela desvalorização de todos os ofícios ligados ao artesanato e ao esforço manual. Evidencia também as exigências contraditórias de uma formação artística oferecida pelo sistema acadêmico, dirigida para a pintura de história ou para o monumento público, que também requisitava ao artista que se afirmasse como profissional “em exposição”, que deveria construir sua imagem e reputação, para concorrer num mercado pouco a pouco em expansão.

ARTISTAS PARTICIPANTES

Abgail de Andrade, Amadeu Zani, Antonio Parreiras, Arthur Timótheo da Costa , Beatriz Pompeu de Camargo, Benedito Calixto, Benjamin Parlagreco, Carlos Chambelland, Carlos De Servi, Dario Villares Barbosa, Edgard Parreiras, Eliseu Visconti, Eugênio Latour, Gaston Gérard, Georgina de Albuquerque, Giuseppe Leone Righini, Henrique Bernardelli, José Ferraz de Almeida Júnior, Lucilio de Albuquerque, Marques Campão, Modesto Brocos, Nicolas Antoine Taunay, Numa Camille Ayrinhac, Oscar Pereira da Silva, Pedro Américo, Pedro Peres, Pedro Weingartner, Rafael Frederico, Regina Veiga, Rodolfo Amoedo, Rodolpho Bernardelli, Theodoro Braga e Theodoro de Bona.

SERVIÇO

Trabalho de artista: imagem e autoimagem (1826-1929)

Curadoria de Fernanda Pitta (Pinacoteca), Ana Cavalcanti (Escola de Belas Artes, UFRJ) e Laura Abreu (Museu Nacional de Belas Artes), assistência de curadoria de Khadyg Fares

Abertura: 8 de dezembro de 2018, sábado, às 11h

Visitação: de 8 de dezembro de 2018 até 25 de fevereiro de 2019

De quarta a segunda, das 10h às 17h30 – com permanência até as 18h

Pinacoteca: Praça da Luz 2, São Paulo, SP

Ingressos: R$ 6,00 (entrada); R$ 3,00 (meia-entrada para estudantes com carteirinha)

Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento *.

Aos sábados, a entrada da Pina é gratuita para todos.

A Pina Estação é gratuita todos os dias.

Amigo da Pina tem acesso ilimitado, além de desconto na loja e no café. Também pode participar de visitas guiadas e outros eventos com a equipe da Pinacoteca. Para saber mais sobre o programa, acesse: https://pinacoteca.org.br/apoie/amigos-da-pina/

* A partir do dia 2 de janeiro de 2019, o ingresso passará a custar R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).

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