Filmes História de um casamento e São Paulo em Hi-Fi ganham debates ao vivo no #MISemCasa
Lives sobre os dois longas são o destaque da semana, que ainda traz programações especiais de fotografia: oficina gratuita, o segundo episódio do projeto Lendo imagens e vídeo sobre a série Em curso, do programa Nova Fotografia 2019
Debates sobre cinema são o destaque da programação desta semana no #MISemCasa, campanha virtual com conteúdo diário e inédito do Museu da Imagem e do Som – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. Na terça-feira, dia 23, o Ciclo de Cinema e Psicanálise debate um dos grandes sucessos da Netflix, História de um casamento (2019). O longa, vencedor de vários prêmios e indicado ao Oscar de melhor filme ano passado, será debatido ao vivo, no canal do MIS no Youtube, por Giselle Câmara Groeninga, psicóloga e doutora em Direito Civil, e João Pereira Coutinho, escritor, jornalista e colunista da Folha de S.Paulo. A mediação fica por conta de Luciana Saddi, diretora de cultura e comunidade da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Já no sábado, é a vez do cinema nacional: o documentário São Paulo em Hi-Fi ganha sessão seguida por conversa no programa Pontos MIS – Bate-papo de cinema. Em parceria com a SPCine Play, o documentário sobre a evolução da cena gay paulistana será exibido gratuitamente, seguido por conversa ao vivo com o diretor, Lufe Steffen, e o crítico de cinema Cássio Starling.
Fotografia
A semana se destaca, também, por três atividades para os amantes do universo da fotografia. Além de dois vídeos com fotógrafas detalhando seu processo criativo (Márcia Beltrão, que na quarta-feira, detalha a série Em curso, apresentada no programa Nova Fotografia 2019; e Camila Picolo, que, no domingo, participa do projeto Lendo imagens com análise de uma foto de Sylvia Sanchez), o público poderá participar da oficina gratuita Fotografia – Referências para o processo criativo. Realizada pelo Pontos MIS, a oficina acontece em duas etapas: no dia 26 de junho, as oficineiras Natália Tonda e Melissa Szymanski apresentam aos participantes as fotógrafas Francesca Woodman e Sarah Moon e os fotógrafos Man Ray e Horst P. Horst, com ênfase do trabalho deles com o tema “Retrato”; já no dia 3 de julho, é a vez dos oficineiros Beto Salgado e Leandro Menezes discorrerem sobre o trabalho os fotógrafos Steve McCurry, Tadeu Vilani, Philip-Lorca diCorcia e Jeff Wall, também com ênfase no tema “Retrato”. Para participar da oficina, basta preencher formulário neste link, disponível a partir no dia 26 de junho, às 11h.
Completam a programação do #MISemCasa desta semana: o depoimento do cineasta Galileu Garcia, que integra a Coleção Memória do Cinema do Acervo MIS; a Mostra Cinema de Acervo com o tema Um Brasil de artistas; e a Coleção Musicais no Cinema – Miguel Faria Jr.
O #MISemCasa acontece em conjunto com o #Culturaemcasa, desenvolvido pela Secretaria de Cultura, por conta da orientação do Centro de Contingência do Covid-19, que determinou que os equipamentos culturais do Governo do Estado de São Paulo tenham o seu funcionamento temporariamente suspenso.
O MIS conta com patrocínio máster de Youse, patrocínio de Kapitalo Investimentos, Denso e Cielo, e apoio institucional de TozziniFreire Advogados.
Programação #MISemCasa | 22 a 28.06
22.06 | Segunda-feira | 20h | Memória do Cinema – Galileu Garcia
O programa “Memória do cinema” colheu depoimentos de importantes nomes do universo cinematográfico brasileiro que são incontornáveis para a compreensão da evolução da forma de fazer cinema no Brasil e suas nuances, técnicas e gêneros. Neste episódio, uma edição especial do depoimento de Galileu Garcia, realizado no MIS, em parceria com a Heco Produções, em 2012.
GALILEU GARCIA foi jornalista, ator, diretor, produtor e roteirista de cinema. Iniciou sua carreira profissional como crítico e comentarista. Ingressou no cinema no departamento de publicidade e difusão da Cia. Vera Cruz, sendo responsável pela promoção de filmes como “Terra é sempre Terra”. Esteve envolvido na realização de títulos como “Paixão de Gaúcho”, “O Cangaceiro”, “Na Senda do crime” e “Floradas na Serra”, este último com direção de Luciano Salce, a partir do romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz. Na companhia de Amácio Mazzaropi escreveu o roteiro e o argumento de “As aventuras de Pedro Malasartes”. Em seu depoimento Galileu conta da sua experiência no cinema e da complicada indústria audiovisual brasileira, reservando espaço para suas inesquecíveis memórias das décadas de 50, 60 e 70.
Outros depoimentos de importantes personalidades do cinema brasileiro, como Rogério Sganzerla, Nelson Pereira dos Santos, Tizuka Yamazaki, Cacá Diegues, Jean-Claude Bernardet e Eduardo Coutinho, podem ser acessados pelo Acervo Online.
23.06 | Terça-feira | 20h | Ciclo de Cinema e Psicanálise ao vivo – História de um casamento
A cada edição, o programa traz um longa-metragem (ficcional ou documental) seguido de debate com um jornalista e um psicanalista convidado. Em seguida, o público pode participar com perguntas, integrando novas perspectivas sobre a obra discutida. O Ciclo de Cinema e Psicanálise é realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e com o apoio da Folha de S.Paulo.
Nesta edição, o tema do debate é o longa História de um casamento, dirigido por Noah Baumbach, e produção da Netflix, apontado como um dos melhores filmes de 2019. Depois de estrear no Festival de Veneza em agosto de 2019 e, em outubro do mesmo ano, ganhar duas sessões especiais na 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o longa foi indicado aos principais prêmios de cinema – Oscar, BAFTA, Globo de Ouro –, além de ser eleito um dos 10 melhores filmes do ano pela revista Time e pela National Board of Review, com destaque para Laura Dern, que levou todos os prêmios de melhor atriz coadjuvante pelos quais foi indicada.
O filme será debatido, ao vivo, no canal do MIS no Youtube, por Giselle Câmara Groeninga, psicóloga e doutora em Direito Civil, e João Pereira Coutinho, escritor, jornalista e colunista da Folha de S.Paulo. A mediação fica por conta de Luciana Saddi, diretora de cultura e comunidade da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
24.06 | Quarta-feira | 20h | Nova Fotografia – Em curso
A fotógrafa Márcia Beltrão relata, no vídeo, sua participação no programa Nova Fotografia – que anualmente seleciona séries inéditas de novos talentos da fotografia para exposição no MIS. Selecionada em 2019, a série Em curso foi realizada a partir da observação de Márcia entre o trem, o Rio Pinheiros e sua paisagem, que convivem lado a lado, atravessando parte da cidade de São Paulo. “Ao fotografar o percurso que o trem faz nas margens desse rio, me remeto à experiência cinematográfica, em que as janelas servem como “frames”, que se repetem e contam histórias. As histórias dessa cidade e das pessoas que por ela passam”, descreve a fotógrafa.
A série teve início em 2015, quando Marcia Beltrão começou a fotografar sempre do ponto de vista de quem está no trem, o qual segue acompanhando as margens desconstruídas do rio, se colocando no eixo desse contraste. “Entendo que o trem é o ponto de convergência entre as pessoas e o rio. A janela é um lugar que a gente olha e traz o novo, serve também como um respiro e distrai do caos ao redor. O movimento do trem adiciona a fragmentação”, diz a fotógrafa.
25.06 | Quinta-feira | 20h | Mostra Cinema de Acervo – Figuras brasileiras
A mostra inédita traz, toda semana, diretamente do Acervo MIS, uma seleção de filmes brasileiros, tanto curtas quanto média-metragens, produzidos entre os anos de 1980 e 1990. Os filmes dessa programação são versões digitalizadas de obras produzidas nos formatos 35mm e também 16mm. O recorte “Figuras brasileiras” apresenta dois personagens – um fanático religioso e um ex-presidiário – que, apesar de terem sido retratados partes de uma ficção, são figuras recorrentes da realidade brasileira. Em Ladainha, Luiz Antônio Pio retrata a figura de um homem, tão fortemente ligados às suas convicções que termina por criar uma situação desconfortável. Enquanto no filme Eterno Adeus, de Louis Chilson, conhecemos um ex-presidiário que não consegue se desapegar de seu passado criminoso, passado esse reforçado pela presença de sua cúmplice de crimes, Maitê Proença, em sua estreia no cinema.
A mostra apresenta, na sequência, os filmes: Ladainha (Dir.Luiz Antônio Pio ,Brasil, 1971, 15 min, 12 anos) e Eterno Adeus (Dir. Louis Chilson ,Brasil, 1979, 18 min, 12 anos).
26.06 | Sexta-feira | 20h | Coleção Musicais no Cinema – Miguel Faria Jr.
Em mais um vídeo derivado da exposição Musicais no Cinema, o curador Duda Leite entrevista o cineasta Miguel Faria Jr, conhecido especialmente pelas cinebiografias e musicais adaptados sobre obras de artistas como Vinícius de Moraes e Chico Buarque. Na entrevista, o cineasta comente sobre o início de sua carreira, ainda na década de 60 (quando fez seu primeiro curta-metragem sobre teatro), e revela detalhes sobre sua extensa participação no cinema brasileiro. Miguel também fala de música e cinema como duas paixões e de como parte da obra dele traz essas referências.
27.06 | Sábado | Bate-papo de Cinema Pontos MIS | São Paulo em Hi-Fi
O programa, que traz uma sessão de cinema online seguida por bate-papo ao vivo no canal do MIS no YouTube, traz uma programação especial durante todo o mês de junho. Em comemoração ao Dia do Cinema Nacional (19.06), todos os sábados do mês ganham sessão de filmes consagrados brasileiros seguidos por debate com especialistas ao vivo. Nesta semana, em parceria com a SPCine Play, o longa São Paulo em Hi-Fi (2013, Brasil, documentário, 101 min, classificação indicativa: 16 anos), de Luffe Steffen, ganha sessão e debate ao vivo com convidados especiais.
Parte da paisagem pode ser cinza, mas São Paulo é capaz de receber de braços abertos o grande arco-íris da diversidade sexual. O documentário mostra como a cena gay evoluiu ao longo dos anos, de um início repressivo até se tornar o palco da maior parada LGBT do país.
O filme será exibido, gratuitamente, às 16h, mediante inscrição prévia. Após a sessão, às 18h, acontece um bate-papo ao vivo com o diretor, Lufe Steffen, e o crítico de cinema Cássio Starling, no canal do MIS no Youtube.
28.06 | Domingo | 20h | Lendo Imagens – Ep 2: Camila Picolo
O projeto Lendo imagens apresenta um diálogo direto entre artistas e público, partindo das fotos de Acervo MIS. O museu convida artistas a escolherem uma imagem do acervo para compartilhar uma leitura com o público, com o objetivo divulgar as obras e também valorizar fotógrafos, curadores, críticos e pesquisadores contemporâneos.
Neste segundo episódio, a fotógrafa Camila Picolo, selecionada pelo programa Nova Fotografia 2016 com a série Acasos /p/reparados, lê uma imagem de Sylvia Sanchez, fotógrafa participante do Nova Fotografia 2019, com a série Crônica de Banalidades Ordinárias. Camila começa a leitura com a seguinte frase: “No primeiro momento o nosso olhar é fisgado por uma situação de surrealidade, um corpo sem cabeça”, propositalmente pensada para causar estranhamento em situações cotidianas familiares, que geralmente nos passa despercebida.
Exposições virtuais e Acervo Online MIS
Além da programação digital #MISemCASA, o Museu MIS apresenta cinco exposições virtuais realizadas em parceria com o Google Arts & Culture: Moventes (que traz imagens de situações de deslocamento em diferentes tipos de trabalho itinerante); A Coleção Guilherme Gaensly no acervo MIS: uma paisagem humana (que presenta imagens históricas sobre o cultivo do café no interior paulista); Cinema paulista nos anos 1970; Lambe-lambe: fotógrafos de rua em São Paulo nos anos 1970 e A mulher na Revolução de 32.
Além das exposições virtuais, o público também pode conferir parte do Acervo MIS que está digitalizado e pode ser acessado neste link. No Acervo online, os visitantes encontram informações sobre os itens que compõem os acervos museológico e bibliográfico do MIS e, em alguns casos, terá amplo acesso ao conteúdo das coleções de fotografia, áudio e vídeo. Tendo como base um banco de dados desenvolvido especialmente para o acervo do Museu, o Acervo online apresenta-se ao público como um instrumento para a exploração dos milhares de itens que fazem parte do acervo MIS.
MIS 50 anos
Para celebrar os 50 anos do MIS, comemorados em 2020, o Museu lançou uma ação digital que busca promover o compartilhamento de histórias entre o público e o Museu. Até o dia 22 de junho, o público pode enviar vídeos com seus relatos pessoais. Ao final, uma página do MIS 50 anos trará os depoimentos que celebram esta história. Participe acessando https://mis-sp.org.br/50anos
S e r v i ç o
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Museu da Imagem e do Som – MIS
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