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Filme Negação ganha debate ao vivo no Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS

Longa, baseado em fatos reais sobre um julgamento acerca do Holocausto, é tema da live do programa, que tem parceria com a SBPSP e Folha de S.Paulo. Esta edição acontece em 9 de junho, às 20h, ao vivo, no canal do MIS no Youtube

O Ciclo de Cinema e Psicanálise (programa realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise e a Folha de S.Paulo), que a cada edição traz um filme seguido de debate com um jornalista cultural e um psicanalista convidado, ganha mais uma edição ao vivo dentro do #MISemCasa – campanha virtual do Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. Desta vez, o filme Negação (disponível na plataforma de streaming Netflix) será tema de live debatida pela jornalista Sylvia Colombo e pela psicanalista Selma Fernandes Jorge, com mediação de Luciana Saddi – Diretora de Cultura e Comunidade da SBPSP. Esta edição acontece em 9 de junho, às 20h, ao vivo, no canal do MIS no Youtube.

Baseado em fatos reais, o filme Negação (Denial, dir. Mick Jackson, Reino Unido; EUA, 2016, 109min, 12 anos) apresenta o embate jurídico entre Deborah Lipstadt, uma historiadora judia que escreve sobre os horrores nazistas e o Holocausto, e David Irving, um estudioso que afirma que Hitler nunca ordenou o massacre aos judeus e que o Holocausto é uma invenção judaica. “Em tempos de frequentes negações da verdade dos fatos, o filme traça um panorama do risco de contestar a História e até que ponto a liberdade de expressão pode afetar o trauma e a dor de milhares de pessoas que têm seus traumas e dores subjugados”, afirma Luciana Saddi.

Exibido sempre às terças dentro da programação virtual do #MISemCasa, o Ciclo de Cinema e Psicanálise traz bate-papo ao vivo com especialistas a cada 15 dias – intercalando, semanalmente, com vídeos de edições anteriores realizadas presencialmente no Auditório MIS. 

O #MISemCasa acontece em conjunto com o #Culturaemcasa, desenvolvido pela Secretaria de Cultura, por conta da orientação do Centro de Contingência do Covid-19 – que determinou que os equipamentos culturais do Governo do Estado de São Paulo tenham o seu funcionamento suspenso temporariamente.

O MIS conta com patrocínio máster de Youse, patrocínio de Kapitalo Investimentos, Denso e Cielo, e apoio institucional de TozziniFreire Advogados.

Sobre o filme do debate – “Negação”, disponível na Netflix 

Deborah E. Lipstadt (Rachel Weisz) é uma conceituada pesquisadora que acaba de lançar um novo livro no qual ataca o historiador David Irving (Timothy Spall), que prega que o Holocausto nunca existiu e é uma invenção dos judeus para lucrar mais. Alegando que foi prejudicado pela publicação, Irving entra com uma ação de difamação contra Deborah. Só que, pelas leis britânicas, em casos como esse, é a ré quem precisa provar a veracidade da acusação. Logo, a disputa judicial deixa de ser somente o embate entre dois estudiosos da História e pode colocar em dúvida a morte de milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

“Baseado em fatos reais, Negação é um filme de tribunal que coloca no banco dos réus a verdade, tão massacrada pelo espírito do tempo nos dias de hoje. A professora universitária, historiadora e judia Deborah Lipstadt é antagonista de David Irving, que afirma ser o Holocausto pura invenção judaica. O negacionista, por excelência, acusa a acadêmica de difamação. A irônica inversão de papeis se transforma numa ameaça terrível, não apenas para a protagonista, mas, principalmente, para os que sofreram nas mãos dos criminosos nazistas. Um evento histórico imensurável na dor e no horror não pode virar pó, ser tratado como miragem ou mera questão de opinião. Negar a realidade de tal sofrimento equivale a retraumatização das vítimas e dá permissão para seu retorno. O negacionismo expressa uma forma de psicopatia e sociopatia, com grande dose de arrogância e incapacidade de empatia. É pautado pelo narcisismo e pela crueldade, pode ser enquadrado nas estruturas de personalidade perversas, combina muito com a era da pós-verdade e da farsa. Infelizmente, a verdade e a realidade vêm perdendo substância. E os limites entre opinião, liberdade de expressão e mentira se tornaram difusos. De um lado, negacionismo, canalhice e fake news se nutrem mutuamente. De outro, memória, história e trauma coletivo se entrelaçam. Não há equivalência entre opinião e história, entre fake news e memória, aliás, os grandes abusadores pretendem tal equivalência não apenas para justificar seus crimes, mas, sobretudo, para apagá-los”, comenta Luciana Saddi.

Debatedoras:

Selma Fernandes Jorge – Médica Psicanalista. Membro da IPA e membro efetivo com função docente na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

Sylvia Colombo – é correspondente da Folha de S.Paulo em Buenos Aires e cobre América Latina. A jornalista também é colunista do jornal, autora do blog Latinidades e colaboradora no New York Times. Já foi editora de Especiais e da Ilustrada e correspondente em Londres. 

Mediação: Luciana Saddi – diretora de Cultura e Comunidade da SBPSP

MIS 50 anos

Para celebrar os 50 anos do MIS, comemorados em 2020, o Museu lançou uma ação digital que busca promover o compartilhamento de histórias entre o público e o Museu. Até o dia 10 de junho,  o público pode enviar vídeos com seus relatos pessoais. Ao final, uma página do MIS 50 anos trará os depoimentos que celebram esta história. Participe acessando https://mis-sp.org.br/50anos

S e r v i ç o

Ciclo de cinema e Psicanálise ao vivo – Negação | #MISEMCASA

9 de junho, às 20h, no canal do youtube do mis

 

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