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Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus acontece na próxima semana

Evento traz como tema Línguas Indígenas no Oeste Paulista: Aprendizagens, Avanços e Futuro no Museu Índia Vanuíre

Em 24 e 25 de setembro, o Museu Índia Vanuíre, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari, realiza a oitava edição do Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus. A ação terá como enredo as Línguas Indígenas no Oeste Paulista: Aprendizagens, Avanços e Futuro e abordará a relevância e a importância da diversidade linguística como patrimônio cultural para o Brasil e o mundo.

“Os idiomas indígenas devem ser tratados nas instituições museológicas, que atuam junto a esses povos, como algo essencial dentro dos processos desenvolvidos por elas. O equipamento, além da função de conservação, aparece como um espaço de difusão e propagação do dialeto e autoafirmação dos índios”, explica Tamimi Borsatto, gerente do equipamento cultural.

Durante a programação o público terá acesso a palestras, apresentação de cânticos e danças indígenas, práticas culturais para ensinar e aprender as línguas, aos dicionários Kaingang, Krenak e Guarani, além de poderem conferir a abertura da exposição Línguas Indígenas – Riqueza e Diversidade.

Cada atividade terá como função reafirmar a conexão dos nativos com a terra, os saberes e a ancestralidade. “Nesse sentido, o Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus pretende discutir o idioma como um direito universal e que deve ser reconhecido e defendido, além de atentar para como os equipamentos podem contribuir para que essas línguas sejam preservadas e valorizadas”, reforça Tamimi.

A participação no evento é gratuita e as vagas são limitadas. Os interessados devem efetuar inscrição pelo site www.museuindiavanuire.org.br. Mais informações pelo telefone (14) 3491-2333. Abaixo a programação completa.

Serviço:

VIII Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus

8h30: Abertura da Exposição “Línguas Indígenas – Riqueza e Diversidade”, credenciamento e café

9h: Apresentação de Cântico e Dança do Grupo Kaingang – TI Vanuíre

9h30: Boas-vindas e abertura dos trabalhos com autoridades e lideranças indígenas

10h: Direitos Indígenas – A Língua como Patrimônio Cultural

Com a importância das línguas indígenas em um país com uma diversidade linguística enorme como o Brasil, visamos abordar, nessa apresentação, o que tem sido feito atualmente na legislação e no campo das políticas públicas para reconhecer, preservar e registrar essas línguas.

José Ribamar Bessa Freire, UERJ – RJ

Wilmar D’Angelis, UNICAMP – SP

Marília Xavier Cury, USP

Mediador: Davidson Panis Kaseker

11h: A Experiência e Histórias dos Mais Velhos

Foi comum na história dos povos indígenas de diversos países a ação do Estado na repressão e extinção das línguas. Assim, essa mesa traz experiências de indígenas que viveram os resultados dessa repressão em relatos sobre as tentativas de resgate e revitalização da língua com os seus pais e avós.

Helena Cecílio Damaceno, TI Vanuíre

João Batista de Oliveira, TI Vanuíre

Dirce Lipu Pereira Jorge, TI Vanuíre

Cândido Mariano, TI Icatu

Maria Rita Campos Rodrigues, TI Icatu

Claudete de Camilo Lipú e Gilda Antônio, Aldeia Ekeruá – TI Araribá

Claudino Marcolino e Gleyser Alves Marcolino, Aldeia Nimuendajú – TI Araribá

Mediadora: Tamimi David RayesBorsatto

12h30: Intervalo para o Almoço

14h: Revitalização da Língua Indígena

Os indígenas transmitem suas línguas para as novas gerações por meio de diversas práticas. Recentemente foram lançados dicionários de alguns povos indígenas do Oeste Paulista (Kaingang, Krenak e Guarani). Também já estão em andamento as ações para que seja lançado um dicionário Terena. A iniciativa desta mesa é apresentar o trabalho desenvolvido pelos participantes do projeto e trazer à luz quais práticas são desenvolvidas por cada povo para a transmissão de sua língua e os resultados alcançados.

Juracilda Veiga, ONG Kamuri

Wilmar D’Angelis, UNICAMP – SP

MagnunRochel Madruga, UFMG

Fabiana Raquel Leite

Márcio Pedro, Rosimeire IaiatiIndubrasil, Candido Mariano Elias, TI Icatu

Dirce Jorge Lipu Pereira, Susilene Elias de Melo Deodato e Lucilene de Melo, TI Vanuíre

Lidiane DamacenoCotui, TI Vanuíre

Cledinilson Alves Marcolino, Moisés de Lima Camargo, Lucas Onorio Marcolino e Vanderson Lourenço, Aldeia Nimuendajú – TI Araribá

Mário de Camilo e Gerolino Cézar, Aldeia Ekeruá – TI Araribá

Mediadora: Angelica Fabbri

15h30: Café

16h: Apresentação de Cântico e Dança do Grupo Krenak, TI Vanuíre; e de Dança do Grupo Terena, TI Icatu

18h: Apresentação do CD de Cânticos da E.E.I. Índia Vanuíre

9h: Práticas culturais para ensinar e aprender as línguas indígenas

Apresentação das atividades que são desenvolvidas para o ensino da língua, expondo na prática como é esse processo. Cada grupo trará uma ação que desenvolverá junto com o público do evento, mostrando os avanços e os obstáculos que podem ser encontrados durante o aprendizado.

Lidiane DamacenoCotui, TI Vanuíre

Adriano Cézar Campos Rodrigues e Edilene Pedro, TI Icatu

Claudete de Camilo Lipú, Aldeia Ekeruá – TI Araribá

Tiago de Oliveira, Creiles Marcolino da Silva Nunes, Wany Oliveira Marcolino, Clélia Vânia Marcolino da Silva e Samuel de Oliveira Honório, Aldeia Nimuendajú – TI Araribá

Mediadora: Lilian BudaibesZorato

10h30: Café

11h: A Expectativa dos Jovens

Os jovens indígenas são de extrema importância para a preservação das línguas, pois é a partir deles que elas serão transmitidas para as próximas gerações e o interesse deles é tema relevante para se tratar em um evento que aborde esse assunto. A proposta dessa mesa é mostrar como os jovens entendem a importância da preservação da língua, como tem sido o processo de aprendizagem por parte deles, o que a língua influencia em sua formação cultural e o que esperam para o futuro.

Florentino Júnior, Fabiana, Pedro e Camila Vaiti Pereira da Silva, TI Icatu

Ingrid Damaceno e Gabriel CecilioDamaceno, TI Vanuíre

Lorena Pio de Camilo, Natália Lipú da Silva e Vandriely Daiane da Silva Pereira, Aldeia Ekeruá – TI Araribá

Kethilin Cristina Marcolino, Larissa Marcolino da Silva, Jamile Marcolino, Elber Cristiano da Silva, Alisson Alves da Silva, KalinyAkiane Marcolino da Silva Nunes, Jean Carlos Marcolino e William Marcolino da Silva, Aldeia Nimuendajú – TI Araribá

Mediador: Isaltina Santos da Costa Oliveira

12h30: Intervalo para o Almoço

14h: Museus Indígenas na Preservação da Língua

O surgimento dos museus indígenas no Oeste Paulista é resultado da luta dos povos indígenas pela preservação da cultura. É a visão do indígena sobre a museologia. Levando em conta a importância desses museus na preservação da cultura indígena, essa mesa tem por objetivo expor a relação que os museus indígenas têm com a preservação da língua.

Museu AkãmOrãmKrenak: João Batista de Oliveira, Helena Cecílio Damaceno, TI Vanuíre

Museu NhandéManduáRupá: Vanderson Lourenço Cledinilson Alves Marcolino, Aldeia Nimuendajú, TI Araribá

Museu Worikg: Dirce Jorge Lipu Pereira, Lucilene de Melo e Susilene Elias de Melo, TI Vanuíre

Museu de Icatu: Cândido Mariano Elias, Alice, Carlos Roberto Indubrasil, TI Icatu.

Museu de Ekeruá: Gerolino Cézar e Mário de Camilo, Aldeia Ekeruá, TI Araribá

Mediadora: Marília Xavier Cury

16h: Café

16h30: Apresentação de Cânticos e Danças da T.I. Araribá (Nimuendajú e Ekeruá)

17h: A Língua Indígena na Pauta dos Museus

Apresentação dos projetos desenvolvidos pelos museus tradicionais que contribuem para a preservação das línguas indígenas.

Lidiane Damaceno Cotui (E.E.I. Índia Vanuíre)

Andressa Anjos de Oliveira (Museu Índia Vanuíre)

Valquíria Cristina Martins (Museu Índia Vanuíre)

Mediadora: Tamimi David RayesBorsatto

18h30: Apresentação dos Dicionários Kaingang, Krenak e Guarani

Local: Museu H. P. Índia Vanuíre (Rua Coroados, 521 – Tupã/SP)

Informações: (14) 3491-2333

Entrada: gratuita

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