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Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS aborda o longa francês Quem você pensa que eu sou

Última edição do ano acontece no dia 15 de dezembro, terça-feira, dentro da programação do #MISemCasa. O Ciclo de Cinema e Psicanálise é uma parceria entre o Museu da Imagem e do Som, a SBPSP e Folha de S.Paulo

Na terça-feira, dia 15 de dezembro, acontece a última edição do ano do Ciclo de Cinema e Psicanálise (programa realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise e a Folha de S.Paulo), que a cada edição traz um debate com um jornalista cultural e um psicanalista convidado. Desta vez, o filme Quem você pensa que eu sou (Celle que vous croyez, dir. Safy Nebbou, França, 2019, 101 min, 16 anos) será debatido pela psicanalista da SBPSP Marilsa Taffarel e pela jornalista Mariliz Pereira Jorge. A mediação é de Luciana Saddi, coordenadora de Cinema e Psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da SBPSP.

O bate-papo acontece ao vivo, às 20h, no canal do MIS – Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo – no Youtube. O #MISemCasa acontece em conjunto com o #Culturaemcasa, desenvolvido pela Secretaria de Cultura.

O MIS conta com patrocínio máster de Youse, patrocínio de Kapitalo Investimentos, Denso e Cielo, e apoio institucional de TozziniFreire Advogados.

Sobre o filme – Quem você pensa que eu sou

(disponível no Looke, Apple iTunes, Google Play e Telecine Play)

Abandonada pelo marido, Claire Millaud, de 50 anos, decide criar um perfil falso em uma rede social. Lá, ela atende por Clara, uma bela jovem de 24 anos. O avatar interage com o jovem Alex, que acaba se apaixonando por ela enquanto Claire, por trás das telas, também começa a amá-lo e ficar viciada, sem saber como se desfazer da própria mentira.

“O diretor Safy Nebbou leva o crédito ao investigar relacionamentos virtuais e psicopatologia associada. Amor e paixão, por meio remoto, são esquadrinhados e dissecados sob lupa sensível e original. Se fosse possível examinar na lâmina de um microscópio os relacionamentos remotos – e é por isso que a ficção encanta: torna o impossível, realidade – e identificar na superfície da lâmina os elementos, de forma ampliada, presentes nos relacionamentos amorosos… Nebbou brinca com esses elementos, faz jogo de cena e surpreende. Amor e paixão colocados no divã/cinema do diretor revelam que a natureza desses sentimentos está muito mais ligada ao amor a si mesmo do que comumente suspeitamos. Egoísmo, narcisismo, idealização e loucura, facetas dos relacionamentos amorosos, inclusive dos virtuais, que não se deixam apreender facilmente, emergem límpidos.

Por meio de um foco ainda mais aberto e ampliado, pode-se afirmar que a realidade – a questão da realidade e seu status – compõe o centro da trama. Como é constituída a noção de realidade para cada um de nós? É possível compartilhá-la? Como se formam os objetos de amor? Quais significados ganham ao longo da vida? Quais angústias habitam as frestas do amor e do medo da perda? Quais identificações nos formam e por quê? Perguntas como essas não passaram incólumes por Freud nem pelos psicanalistas que o seguiram. Amor, apaixonamento, desvario e realidade permanecem eterna fonte de inquietações para inúmeros poetas e artistas através dos tempos. Para Otavio Paz, por exemplo, a modernidade nasce no questionamento da realidade e, ao tomar como modelo o romance Don Quixote, afirma que o personagem não sabe quem é nem onde está – nada lhe parece real, tudo é fugidio e duvidoso. É oportuno lembrar as palavras de Fabio Herrmann, psicanalista brasileiro, quando pontuava com originalidade, que realidade e identidade formam um contínuo inseparável”, comenta a Luciana Saddi.

Debatedores:

Marilsa Taffarel é psiquiatra e psicanalista, membro efetivo e docente da SBPSP. Doutora em Psicanálise pela PUC-SP.

Mariliz Pereira Jorge é jornalista, colunista da Folha de S.Paulo, apresentadora do canal MyNews e roteirista da TV Globo. Já foi editora na Folha e nas revistas Women’s Health e Men’s Health, e passou por Redações como a da revista Veja e do jornal Estadão.

Mediação: Luciana Saddi – Coordenadora de Cinema e Psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da SBPSP

Serviço

CICLO DE CINEMA E PSICANÁLISE AO VIVO – QUEM VOCÊ PENSA QUE EU SOU | #MISEMCASA

15 DE DEZEMBRO, ÀS 20H, NO CANAL DO YOUTUBE DO MIS E NA PLATAFORMA #CULTURAEMCASA: WWW.CULTURAEMCASA.COM.BR

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