HomeAssessoria ReleasesCiclo de Cinema e Psicanálise de novembro traz sessão do filme Sem amor seguida por bate-papo

Ciclo de Cinema e Psicanálise de novembro traz sessão do filme Sem amor seguida por bate-papo

Programa mensal traz a cada edição um filme seguido de debate com um psicanalista convidado. Edição deste mês encerra a temática do ‘Mal-estar na civilização e infância’

Em novembro, o Ciclo de Cinema e Psicanálise do MIS, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, inicia o módulo ‘Mal-estar na civilização e infância’. No dia 26, acontece exibição do longaSem amor (dir. Andrey Zvyagintsev, 2017, Rússia/França/Bélgica/Alemanha, 127’, drama, digital), seguido por bate-papo com Regina Elisabeth Lordello Coimbrae o jornalista Walter Porto. A diretora de Cultura e Comunidade da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo(SBPSP), Luciana Saddi, mediará a conversa.

O programa, que acontece mensalmente no Museu, é uma parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e apoio da Folha de S.Paulo. A sessão tem entrada gratuita e acontece às 19h no Auditório MIS (172 lugares) – retirada de ingresso com 1h de antecedência na recepção.

Sobre o filme

Sinopse: Boris (AlexeyRozin) e Zhenya (MaryanaSpivak) estão se divorciando. Depois de anos juntos, os dois se preparam para suas novas vidas: ele com sua nova namorada, que está grávida, e ela com seu parceiro rico. Com tantas preocupações eles acabam não dando atenção ao filho Alyosha (MatveyNovikov), que acaba desaparecendo misteriosamente.

No super premiadofilmeSemamor, de Andrey Zvyagintsev (2017) acompanhamos um casal em processo de separação. Os afetos violentos, o desprezo explosivo, as palavras sem nenhuma medida e o ódio virulento estão presentes. Sentimentos dessa natureza impregnam a relação do casal com seu único filho. Estranhamente, os mesmos personagens em seus novos relacionamentos são amorosos, ternos e doces.Freud em O mal-estar na civilização (1929) tratou de examinar a felicidade humana em suas variadas facetas. Considerou o amor sexual como protótipo da felicidade, seu ponto culminante. E ninguém duvida do poder da paixão erótica para amansar os corações mais empedernidos. Em sua vigência os amantes se submetem sem pestanejar.

“Já a dedicação necessária para criar e educar filhos exige dos pais um amor distante da paixão sexual. As crias humanas são frágeis, precisam de ternura e paciência, requerem investimento afetivo dos pais”, analisa Luciana Saddi.“O imenso trabalho civilizatório de criar e procriar não é natural, instintivo nem obvio. Pode ser entendido como herança cultural ou modelo transgeracional de relação, mas nem de longe é simples e, sempre, sempre, o pior sobra para os mais frágeis”, completa.

Sobre os convidados

Regina Elisabeth Lordello Coimbra é Psiquiatra, Psicanalista de Criança e Adolescente da SBPSP, Docente do Instituto Durval Marcondes da SBPSP.

Walter Porto é repórter da Ilustríssima, caderno de domingo da Folha. Formado em Relações Internacionais pela USP, também estudou na King’sCollege, em Londres.

Sobre o Ciclo de Cinema e Psicanálise

A cada edição o ciclo traz um filme em longa-metragem (ficcional ou documental) seguido de debate com um jornalista e um psicanalista convidado. Em seguida, o público pode participar com perguntas, integrando novas perspectivas sobre a obra discutida. A temporada 2019 está dividida em cinco temas, exibindo dois filmes de cada, sendo eles: Sexualidade, Violência, Poder, Religião e Infância. O ciclo pretende discutir, à luz da Psicanálise, algumas questões suscitadas por obras do cinema moderno e contemporâneo, e proporcionar também formas transdisciplinares de compreensão. O tema, que norteia os debates e a seleção dos filmes, surgiu a partir do ensaio O mal-estar na civilização (1929), escrito por Freud. Neste, o psicanalista afirmava que o progresso civilizatório e tecnológico cobrava elevado preço do indivíduo. Exigia renunciar à agressividade e à sexualidade – como esforço necessário ao desenvolvimento civilizador. Por consequência, o homem se tornava refém do sentimento de culpa inconsciente e de constante mal-estar, ambos impeditivos da fruição da felicidade.

s e r v i ç o

CICLO DE CINEMA E PSICANÁLISE | SEM AMOR

DATA26.11, terça-feira

HORÁRIO 19h
LOCAL Auditório MIS (172 lugares)

INGRESSO Gratuito. Ingressos distribuídos uma hora antes Recepção MIS

CLASSIFICAÇÃO 14 anos

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