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Abertura do Festival de Inverno lota espaços em Campos do Jordão

Primeiro fim de semana do 50º Festival de Inverno de Campos do Jordão teve Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo apresentando o hino nacional e estreia do eixo popular-sinfônico com Jazz Sinfônica ao lado de Mônica Salmaso e Carlinhos Brown

O Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, maior evento de música clássica da América Latina, foi oficialmente aberto neste fim de semana (29 e 30). Renovado e ampliado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado, e totalmente realizado por meio de patrocínios privados, levou a Orquestra Jazz Sinfônica ao palco da Praça do Capivari e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp ao Auditório Claudio Santoro. Os espaços foram lotados por públicos de todas as idades.

Na tarde de sábado (29), o Secretário Sérgio Sá Leitão deu boas-vindas aos presentes na Praça do Capivari. “Essa é uma edição muito especial para todos nós. Teremos, pela primeira vez, uma programação que combina a música clássica e a música popular-sinfônica. Serão mais de 150 apresentações para celebrarmos a arte, a cultura e a música nesta que é a maior e certamente a melhor edição de todos os tempos”, disse.

A Orquestra Jazz Sinfônica subiu ao palco da Praça do Capivari, regida por Nelson Ayres e ao lado da cantora Mônica Salmaso, que cantou clássicos da Música Popular Brasileira como “Ciranda da Bailarina”, “Flor da Idade” e “Valsa Brasileira”.

À noite, o Governador João Doria e o Secretário de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão fizeram homenagens a cinco personalidades que marcaram a história do Festival: o maestro Eleazar de Carvalho, um dos criadores do evento e de sua programação pedagógica; o maestro e pianista João Carlos Martins, que realizou as primeiras apresentações de música clássica na cidade, no Hotel Toriba; Roberto Minczuk, diretor artístico do Festival de 2004 a 2010 e atual regente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo; Fabio Mechetti, regente assistente de Eleazar de Carvalho no Festival e atual regente titular e diretor artístico da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais; e o violonista Fabio Zanon, um dos principais concertistas da atualidade, coordenador artístico-pedagógico do Festival desde 2013.

O Governador aproveitou a ocasião para destacar o trabalho da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo: “Esta é a melhor orquestra da América Latina e uma das melhores orquestras do mundo. Um orgulho para São Paulo e para o Brasil”, exaltou.

Em seguida, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp realizou o concerto oficial de abertura, regida por Marin Alsop e com participação do barítono Paulo Szot como solista. A Orquestra apresentou o hino nacional, seguido de Ruslan e Ludmila: Abertura, de Mikhail Glinka; Eugene Onegin: Vi mnye pisali – Kogda bi zhizn (ária de Onegin), de Tchaikovsky; Príncipe Igor: Ária (ária de Igor), de Alexander Borodin; e Sinfonia nº 4 em fá menor, Op.36, de Tchaikovsky.

No domingo, o Festival começou com o recital Veredas Operísticas, da harpista Paola Baron, com peças para harpa inspiradas em temas de óperas, na capela do Palácio Boa Vista.

Às 11h30, Orquestra Jazz Sinfônica e Carlinhos Brown, regidos por Luís Gustavo Petri, subiram ao palco da Praça do Capivari para um show gratuito com versões orquestrais de sucessos como “Candeal de Santo Antônio”, “Velha Infância”, “Zambie Mameto” e “Muito obrigado, Axé”. O público lotou a praça e cantou, dançou e pulou ao som da orquestra e do artista, que desceu do palco e distribuiu rosas ao som de “Amor, I love you”.

“A Orquestra Jazz Sinfônica é popular não porque toca música popular, mas porque ela tem um carisma que faz com que o público participe do concerto. Não é só uma orquestra no palco, o público canta junto. É uma honra ter sido convidado pelas maiores autoridades do Estado e do segmento cultural para fazer parte de uma história de 50 anos”, disse Carlinhos Brown.

A programação seguiu para o Auditório Claudio Santoro, onde, ao meio-dia, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo apresentou, sob regência de Roberto Minczuk, com o oboísta Arcádio Minczuk (Osesp) como solista, programa com O Barbeiro de Sevilha: Abertura, de Gioacchino Rossini; Concertino para Oboé e Cordas, de Brenno Blauth; e Sinfonia nº 7 em Lá maior, Op.92, de Ludwig van Beethoven.

À tarde, a Praça do Capivari recebeu mais dois concertos gratuitos. Às 13h30, a Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, com Mônica Giardini como regente, interpretou as obras Sun Dance, de Frank Ticheli; Piece of Mind, de Dana Wilson; La Marche, de Friedrich Burgmüller, e Wind Symphony nº 1 – If Rachel in a yellow Rose, de Nancy Galbraith. Às 15h30, a Banda Sinfônica da Polícia Militar do Estado de São Paulo, regida por Major Clebio de Azevedo, apresentou Abertura Appalachian, de Barnes; Cavalaria Ligeira: Abertura, de Suppe; Piratas do Caribe, de Badelt; Desafinado, de Tom Jobim; Porgy and Bess: Abertura, de Gershwin; Arrebol  – Ária em Sol para Barítono, de Reginaldo Budai; e Salute to American Jazz, de Sammy Nestico.

No palco externo do Palácio Boa Vista, o septeto de Jazz da Emesp Tom Jobim interpretou composições de autores da MPB e do jazz: Jogral, de Filó Machado; Nós, de Johnny Alf; Incompatibilidade de Gênios, de João Bosco; Fotografia, de Tom Jobim; Rhythm-a-ning, de Thelonious Monk; Povo, de Freddie Hubard; Along Came Betty, de Art Blakey; Skylark, de Hoagy Carmichael; e Speak no Evil, de Wayne Shorter.

Finalizando a programação do domingo, no Auditório Claudio Santoro, a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob a regência de Cláudio Cruz, com participação da pianista ucraniana Anna Fedorova, apresentou Rapsódia sobre um Tema de Paganini, Op.43, de Sergei Rachmaninov, e a Sinfonia nº 9 – Homenagem a Francisco Mignone, de Claudio Santoro, compositor brasileiro que celebra seu centenário de nascimento em 2019.

Celebrações

O Festival de Inverno celebra, além de seus 50 anos, os 20 anos da Sala São Paulo, maior sala de concertos do país e uma das maiores do mundo, os 30 anos da Orquestra Jazz Sinfônica, o centenário de Claudio Santoro e os 40 anos do Museu Felícia Leirner e do Auditório Claudio Santoro.

O Festival segue até 28 de julho com concertos, em maioria gratuitos, durante a semana e aos finais de semana, em cinco espaços de Campos do Jordão: Praça do Capivari, Auditório Claudio Santoro, Palácio Boa Vista, Espaço Cultural Dr. Além, Igreja de Santa Terezinha. Na capital, a Sala São Paulo e o Auditório do Ibirapuera também terão programação. Confira todas as atividades no site oficial: www.festivaldeinverno.sp.gov.br.

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